Enquanto o ensino é de fora para dentro, parece que sempre falta algo. Jesus passou três anos e meio ensinando o Evangelho à homens que pareciam não compreender. Estavam com ele, serviam, testemunharam milagres, mas ainda eram meninos na fé. Não podiam compreender, não podiam alcançar, não discerniam espiritualmente as coisas espirituais. Faltavam -lhes se tornar habitação do Espírito de Deus.
Quando Jesus consumou o que estava proposto desde antes da fundação mundo, ascendeu aos céus e enviou seu Espírito para habitar os homens. E assim, de dentro para fora, inaugurou uma nova maneira de ficar.
Assim, há quem grite tentando falar com Deus, mas há quem sussurre e logo o encontra. Há quem decore a letra e a repete sem mudar a vírgula de lugar, mas há quem encarne a mensagem grafada no coração de uma vez por todas. Há quem cumpre protocolos com medo de perder o que jamais pode alcançar por méritos e há quem descansa nas promessas que creu. Há quem vive a religiosidade imposta pela estrutura de pedra e há quem enxertado na boa Oliveira, produz o fruto do Espírito e faz a diferença entre os homens comuns.
O Espírito convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Assim, todo homem que tem a consciência pautada no Evangelho, sabe que não há mérito em si mesmo, que foi alcançado por Graça e que pertence a Cristo que o comprou num mercado de escravos. A Justiça é o Filho, que justifica o pecador que crê e o livra da condenação. De dentro vem o entendimento, de dentro se vive pela fé. De dentro onde o governo de Cristo se estabeleceu. Seu Espírito no espírito do homem.
Jesus homem foi temporal, o Cristo ressuscitado é de eternidade a eternidade. Jesus homem ficou por breve tempo para cumprir o propósito eterno, seu Espírito atravessa gerações ensinando e conduzindo a Igreja formada por gente de todos os povos, tempos e culturas. Aquele que tem o Espírito de Cristo é Dele, selado está.
Os outros, vão continuar buscando do lado de fora, gritando para serem ouvidos e ameaçados pela culpa e pelo medo. Meninos manipulados por uma luz artificial, que cega tanto quanto as mais densas trevas.
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