Quem creu podia se alegrar na Graça de Deus, quem porém não recebesse esta notícia, tão somente deveria ser deixado à própria sorte, já que a condição humana por si só já é uma condenação sentenciada lá no Éden.
Anunciar o triunfo de Cristo e as benesses de sua Cruz parece não ser muito atraente para pessoas religiosas, porque poucos se dispõem a isto. O prazer do crente não é anunciar a boa nova, mas a condenação ao inferno.
Vão por todos os guetos apontando o dedo sujo a tudo e todos que não pertencem aos seus clubes. Outras formas de fé, ausência dela, condições sexuais diferentes, ou simplesmente quem escolhe viver a própria vida sendo o que é, ganham logo uma etiqueta de condenado, um carimbo na testa de desqualificado, passagem só de ida para os quintos dos infernos (inventado e nutrido pelos próprios senhores da religião).
Sem entrar no mérito de que inferno é sepultura e até Jesus esteve lá por três dias. E que geena era o lixão de Israel. As parábolas de Jesus evoluiram para o inferno de Dante e o algoz que mantém muita gente afiliada às assembléias de homens, afinal quem coloca o nariz pra fora perde a credencial do céu.
Jesus tão somente disse que as putas precederam aqueles hipócritas, sepulcros caiados, raça de víboras, que escravizavam as consciências com a religião, quando fosse a hora de entrar no Reino. E fora ficariam todos aqueles que praticavam deliberadamente o que contamina a integridade conquistada com alto preço. Mas mesmo esses terão oportunidades, não cabe a um homem condenar o outro.
O lago de fogo mencionado por João em Patmos, é designado ao sistema religioso prostituído, (Babilônia), a besta e o falso profeta que são sistemas, não para homens feitos de pó.
Nem ocorre se a alma pega fogo ou se não é uma metáfora para descrever algo terrível que desconhecemos. O que importa é apontar o dedão e condenar o próximo.
Jesus chorou em Jerusalém, que matou os profetas e distorceu tudo. Deve nos olhar assim com a mesma tristeza, porque o Cristianismo se tornou a antítese do Evangelho.
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