O assunto deste post, não é sequência dos anteriores. Foi algo que meditei hoje, depois que meu amigo Roberto comentou sobre o que postei há alguns dias aqui. Ele ressaltava minha transparência, em passar no texto o que estou sentindo e alí naquelas linhas breves, ficou registrado um momento de dor.
Hoje eu pensava no anseio que o homem sente em ser socorrido nesses momentos em que a carne nos desestabiliza. É preciso manter a consciência, de que um espinho só pode atingir mesmo a carne, porque o espírito está pronto. Sabendo disso, o foco muda e a dor alivia. Foi o que vi nos dias posteriores. Saber que Jesus está comigo, aconteça o que acontecer, me basta.
A intervenção divina, é a tábua de salvação para quem está sucumbindo. A ideia que a religiosidade prega, é que a fé provoca milagres e que Deus intervem conforme o merecimento. Mas penso que seja o contrário. Quando alguém está prestes a perder seu último fio de fé, Deus o resgata para que não morra.
Quanto mais fé, maior a resignação no meio dos problemas, doenças, perseguições, adversidades. Sabemos que não seremos poupados neste mundo. Jesus não foi, os primeiros cristãos não foram e os cristãos sinceros de hoje, passam por tudo isso.
Mas o fraco na fé, não suporta o sofrimento, a perseguição não produz nele a perseverança, as doenças incitam-lhe o medo, o fracasso o faz infeliz. Então, para que ganhe tempo até que cresça, Deus o livra. Em compensação ele não é aperfeiçoado na fraqueza. Em outro momento, enfrentará as mesmas dificuldades, pois Deus deseja filhos que o representem e não meninos acovardados com o mundo.
Meu espírito sabe que o que eu tiver que passar por causa de Cristo, será revertido em glória eterna. Ele sabe que receberei honra por ter suportado todas estas coisas, mas o espinho fere a carne, que urra e pede socorro. E é igual pra todo mundo essa oscilação, essa aparente contradição, para que ninguém se glorie senão no Senhor.
Nada pode abalar um espírito pronto, mas nos desestabilizamos quando olhamos para a carne transpassada. Nessa hora reconhecemos nossa vulnerabilidade. Nossa fraqueza nos lembra a todo momento nossa condição de réus, para que entendamos sempre a nossa dependência na mediação de Cristo.
A conversão não nos torna semi-deuses. É de suma importância compreender que não merecemos a Graça, para amar ao próximo com a mesma misericórdia com que fomos amados. Mais do que a inimizade do mundo, a nossa própria carne conspira contra nós, porque tira nossos olhos do alvo.
Olhar para o propósito eterno fortalece. Os desafios continuarão acontecendo, até que nossa postura diante deles mude. E eu anseio pelo dia em que vou enfrentar todas as dores sem me abalar. É claro que a carne não quer doer, mas se já não sou eu quem vivo, que se complete em mim todo o propósito para o que fui chamada.
A Graça me basta. Toque em mim. Sou o Corpo de Cristo. Veja minhas marcas de dor e o reconheça. Sou quem te ama, te acolhe, te perdoa, te orienta e te dá esperanças. Sou quem se entrega por causa do amor. Sou quem te absolve de toda a investida contra mim.
Graça e Paz Jane!
ResponderExcluirDe fato é assim mesmo: "mas, ainda que o nosso homem exterior (carne) se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. 2 Coríntios 4:16-18
Nosso repouso, descanso, não está nesta vida, nem nesta terra, mas na glória eterna! Enquanto alguns aqui mesmo "descansam", nós carregamos a pedra do fundamento que edifica a catedral (corpo) de glória, qual seja (a pedra), o Evangelho de Cristo.
Amém. É exatamente assim que as coisas são. Logo, as investidas são apenas estratégias do inimigo de nossas almas, para roubar nossa esperança. Não há porque temer, se o olhar permanece em Cristo.
ResponderExcluirAbraços :)