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sábado, 2 de março de 2013

A Salvação dos homens

Salvação é Graça, é dom de Deus, é favor imerecido que recebemos independente de qualquer esforço. É o resgate do meio das trevas, através do preço pago por Jesus, o Cordeiro Perfeito de Deus, dado em Oferta pelos nossos pecados, levando sobre si a nossa culpa, riscando então a cédula que havia com nossa dívida impagável.

E embora não haja obra nossa que a possa comprar ou que nos faça merecedores dela, desenvolvê-la depende de nossas escolhas. Mas como? Quem não foi capaz de salvar-se por méritos, poderá desenvolver, crescer, acrescentar algo à Obra Redentora?

No sentido de completá-la, nada podemos fazer. Jesus não pagou a primeira parcela e deixou para nós as prestações. Ser Perfeito era a condição para que seu Sangue fosse eficaz de uma vez por todas. Não fomos perdoados simplesmente de nossas culpas, elas tiveram um preço, um altíssimo preço. E por ser Perfeito, sem máculas, sem pecados, o Sacrifício foi único e suficiente. Portanto, quem começou a Boa obra em nós, há de completá-la. Então o que Paulo chamou de "desenvolver a Salvação"?

Primeiro, precisamos trazer à luz algumas questões: Fomos salvos por que? De que? Pra que? Assim entenderemos qual a nossa parcela de responsabilidades, qual a consequência de sermos salvos e quando seremos plenos.

O homem foi criado livre para fazer escolhas. E para ser bem sucedido, precisa entender que o Centro de nossas vidas é Deus e não há outro que seja digno de ocupar este lugar. Quando o primeiro homem pecou, tirou Deus do Centro e se pôs no lugar Dele, fazendo sua própria vontade (ainda que induzido pela Serpente e por Eva) e desobedecendo a única Lei que havia no Éden. Assim provou quem era o primeiro lugar de sua vida, seu próprio ego. O desejo de ser como Deus o fez pecar e pecar contra um Ser Eterno, tem consequências eternas.

À partir dalí, todo homem ficou incapaz de vencer sua própria cobiça, ainda que amasse a Deus. Vemos no Velho Testamento, a história de um povo que Deus escolheu e muitas vezes não entendemos sua rebeldia, sua desobediência e até sua idolatria. Esta é a figura do homem antes da conversão. Apesar de ter uma ideia sobre a divindade, não consegue se vencer. Está entregue ao seu próprio ego. O pecado é gerado dentro de nós. São nossas concupiscências que muitas vezes decidem nossas atitudes e vencê-las, antes era impossível.

Então, fomos salvos de nós mesmos, da nossa capacidade de auto destruição. Se não éramos capazes de nos dominar e se nossos méritos eram incapazes de nos purificar, estávamos mortos em nossos delitos e separados de Deus, que é Puro e Santo. O Sacrifício de Jesus nos religou, reestabeleceu nossa comunhão e nos deu livre acesso à Deus pela Sua Mediação.

Não fomos salvos do mundo, mas para o mundo. É aqui mesmo que devemos ser luz e sal. É no meio do lamaçal de pecados, que devemos cuidar para nos manter limpos. É convivendo com quem ainda não se domina, que devemos mostrar ser diferentes. Não é excluindo, nos sentindo maiores e privilegiados, não é alimentando a arrogância, nem apontando o dedo em riste. Precisamos saber que somos representantes Daquele que pagou por nós e se fez Senhor. É por isso que falamos no "Nome de Jesus". É isto o que nos identifica, somos Dele.

Continua no próximo post.

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