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terça-feira, 12 de março de 2013

Jesus é o Alvo

Em tempos onde o amor já se faz frio e as igrejas se desviaram à outros alvos em suas pregações... em tempos onde não se busca mais a Deus, mas se usa o Evangelho para alcançar coisas e benefícios, tenho escutado aqui e alí, com a ajuda de amigos, algo que gostaria de compartilhar com vocês.

Não é novidade para ninguém que ao longo dos séculos, a Igreja como Corpo de Cristo, unido e sem máculas, se converteu numa prostituta, que troca favores por algo que lhe beneficie. Agregou em si costumes pagãos, idolatria e ostentação e passou a ensinar mentiras. Mesmo com a reforma protestante que acabou denunciando algumas doenças estabelecidas, não houve plena restauração. Prova disto, é que a Igreja nunca parou de se dividir e até hoje ela agrega mentiras dia após dia.

Escatologia não é um assunto onde tenho liberdade de mergulhar, até pelo risco de interpretar erroneamente tantas metáforas e mistérios. Sou cautelosa quando leio algum estudo sobre, mas esta semana algo me chamou muito a atenção.

Alguém dizia que as cartas às Igrejas, representavam os períodos da História e descrevia fatos que ocorreram, sempre com bastante coerência. Se antes as promessas eram feitas ao Corpo, ao conjunto que se reunia como cristãos, nas últimas cartas, a promessa era dirigida aos remanescentes, aos que perseverassem até o fim, aos vencedores, aos que guardavam o que tinham.

Pela opinião de alguns estudantes, estamos no último período da História, onde o Espírito já não se revela  à comunidades, mas à pessoas separadas fisicamente, mas unidas ao Nome de Jesus. E é através dessas vidas, que o Evangelho continua avançando, sem enxertos, entulhos, mentiras acopladas. Confesso que lamentei muito, pois isto significa que a doença estabelecida, não tem mais cura. E o número dos que tem compromisso com o Evangelho puro e simples, está reduzido à uma minoria. Mas basta olhar ao redor e constatar que é a mais pura verdade.

As religiões que se dizem cristãs, pregam coisas para quem busca preenchimento, solução de problemas,  curas, bênçãos específicas, estão ocupadas ensinando pessoas a adquirir bens e se estabelecer na Terra, ajuntando tesouros corruptíveis. Ou encucando a mentalidade de que os evangélicos são uma raça privilegiada num mundo de perdidos.

Buscar coisas é religião vazia e enganosa. Fazer de Jesus um meio para alcançar benefícios e bens é patético. Religião é a busca egoísta pela satisfação da própria alma, aquilo que deveria ser mortificado para não nos destruir.

Jesus não é um meio, um instrumento para chegar a algum lugar. Jesus é o alvo, Ele é o próprio destino dos Cristãos. Nossa busca deveria ser estar cada vez mais parecidos com Ele. O que ocupa nossa mente, deveria ser cada palavra dita, cada ensinamento, cada promessa acompanhada de seus conselhos. Deveríamos estar buscando Seu Reino e Sua Justiça, assim nossas necessidades seriam supridas naturalmente. Mas ao invés disso, buscamos o suprimento das coisas terrenas e por consequência, continuamos negligenciando no Amor e na Justiça, como os religiosos que Ele reprovou.

A Graça basta. Basta ao Evangelho a promessa da ressurreição para a eternidade. Jesus é Deus. É essa a certeza que nos faz transcender para a eternidade. Tudo o que é efêmero, temporal, passageiro, não deveria ocupar nosso tempo, muito menos  tirar nossa paz.

Vejamos o que sucedeu à Paulo e acontece constantemente conosco: "E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo." 
2 Coríntios 12:7-9

Percebe que o "espinho" foi enviado para a carne, a parte mais vulnerável, fraca e sem serventia? Percebe que seu incômodo porém, atingiu a plenitude de Paulo? Como Paulo se sentiu quando foi assolado pelo tal espinho? Era algo de que Satanás o lembrava como se fosse esbofeteado, ao ponto de Paulo desviar a atenção de suas orações para este fim, com insistência. Até que ouviu de Deus, que estando fraco ou seja se reconhecesse sua fraqueza, seria então aperfeiçoado. Pode ser doloroso para nossa carne passar por constrangimentos neste mundo, mas a Graça, que é a fé na ressurreição para a eternidade, continua bastando para que nossa paz não seja abalada. Só o sentimento de dependência, fez com que Paulo visse a dor com outros olhos, passando então a se gloriar na própria condição.

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Não chegamos ao Pai através de seus benefícios, mas através de uma intimidade, uma dependência e de perseverança em suas palavras.

Não se permita ser mais um religioso. Seja verdadeiramente um filho de Deus.

Um comentário:

  1. Ele é o caminho! o/ Os espinhos as vezes machucam, mas Nele encontramos a cura. Paulo foi livre desse mundo, também podemos ser.

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