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segunda-feira, 24 de março de 2014

Somos da Graça e não da Lei



Existem apenas duas condições para toda a humanidade: ou o homem está vivendo sob a Graça de Deus, pela fé em Cristo Jesus, herdando Nele toda promessa feita por Deus desde os tempos eternos, livre como filho, cidadão do Reino, habitação do Espírito Santo, caminhando com Jesus em toda boa obra, preparadas de antemão para aqueles que herdarão a Salvação.

Ou o homem ainda está sob a tutela da Lei, escravo do pecado, sendo julgado pelas obras que ficam por ela expostas, infantilizado, religioso, culpado, perdido em seus descaminhos.

A Lei foi dada por Deus, não para justificação do homem, mas para que o pecado nele fosse revelado e assim, o homem recebesse a consciência de sua miséria, suas doenças, suas mazelas, sua incompletude, sua deficiência e impotência para se manter de pé, por seus próprios méritos, pela sua própria força.

Em tempo nenhum, homem algum foi justificado pelo cumprimento das obras da Lei, pois homem nenhum a cumpriu, exceto Cristo, o Perfeito. Não há um justo sequer, por isto a necessidade de um Mediador que tomasse nosso lugar e a cumprisse por nós. E por meio Dele e somente Dele, somos justificados.

A Lei expõe a velha criatura, o homem almático descendente de Adão, que mesmo tendo-a escrita em tábuas de pedra e posteriormente em pergaminhos, transcritos e modificados conforme as necessidades do povo hebreu. Pois se o homem não mata, mas odeia, é assassino. Se não adultera, mas cobiça a mulher que não é sua esposa, é culpado. Se guarda o dia santo, mas negligencia no amor e na justiça, imputando culpa à quem Deus justificou por meio da fé salvífica em Cristo, peca.

Paulo é enfático ao explicar que ninguém pode viver a Lei e o Evangelho ao mesmo tempo. Pois a Lei, revelando nossa nudez, nos enche de anseio por sermos revestidos de Cristo. Revelando nossas mazelas, faz-se necessário depender da cura que vem do Senhor. Reconhecendo nossa pequenez, reconhecemos Nele a sua Grandeza. Enxergando nossa mediocridade, anseamos por ser supridos por Cristo, por meio de quem tudo foi criado.

A Lei é a sombra do que haveria de vir e já veio. Não seguimos mais ordenanças externas, mas a Lei de Deus está inscrita no coração do homem que o ama e o serve. Não há mais religião, mas relacionamento entre o Pai amoroso e seus filhos acolhidos por meio de Cristo.

O homem que confia nas obras de suas mãos, está abrindo mão da Obra Redentora. Está num caminho de loucura, pois só em Cristo há justificação. O homem que descansa no mérito de Cristo, é Dele. Para este, já não há condenação.

Quem vive pela Lei, será julgado por ela, embora ela não possa justificar, mas trazer às claras a culpa. Quem vive sob a Graça de Deus, abre mão do próprio ego. Cristo vive por meio destes, pois é o Cabeça de todo o Corpo.

A promessa de que todas as famílias da Terra seriam abençoadas por meio do descendente de Abraão, foi cumprida em Jesus. Ele é a Justiça de Deus.

A Lei que veio posteriormente, com seu propósito de mostrar ao homem sua verdadeira situação espiritual, não anulou a promessa. Ao contrário, ela revelou a necessidade de uma melhor esperança, que promete ao homem ser aperfeiçoado no amor.

A Ordem de Aarão a ninguém pode aperfeiçoar, mas na Ordem de Melquisedeque, fomos feitos Reis e Sacerdotes por Cristo, nosso Senhor e Sumo-sacerdote eterno, para cumprir neste tempo, por meio dos dons, o anúncio de que o preço impagável foi quitado e já não há escrito de dívida para aqueles que crerem.

Um comentário:

  1. Queridos eu acredito que tem uma terceira situação. em que a pessoa nem está na lei e nem na graça. e aí dá para interpretar isso? Rm 2

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