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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Libertação dos pecadores




Meu objetivo neste post, é falar sobre o perdão. Mas para entender sobre o perdão entre os homens, é preciso fazer uma explanação sobre o perdão que recebemos da parte de Deus em Cristo, para que todo homem entenda, que a mesma Graça, transcendida da parte de Deus em nossa direção, é a mesma que irradia e  emana de nós, na direção do próximo.

A Bíblia relata que todas as providências para que o homem seja salvo das consequências eternas de sua iniquidade, foi realizada desde a eternidade, antes mesmo da criação. E depois, dentro da História, tomamos posse de cada acontecimento, dentro do devido tempo determinado por Deus.

Todos estes acontecimentos foram necessários para que se manifestasse a Graça de Deus aos homens. E nada do que tenha acontecido, fugiu do controle de Deus. Ele sabe do que somos feitos e assim, fez conhecido Seu Amor, quando nos olhou com Misericórdia.

O primeiro culto, foi realizado ainda no Éden, quando o próprio Deus sacrificou um animal para cobrir as vergonhas de Adão e Eva. Foi um ato de Misericórdia, ao mesmo tempo em que havia o derramamento de sangue, que purificaria da culpa.

O culto em Israel, consistia em cada homem prover para si um animal perfeito, pois só poderia haver perdão de pecados, mediante derramamento de sangue. O animal, era sacrificado no lugar do transgressor, levando a culpa sobre si, expiando-a e deixando livre o pecador.

Todas estas coisas apontavam para Cristo. Eram sombras do que haveria de vir. Todo aquele contexto: judeus, Lei, acusações, tortura, tudo isso é muito pesado para nosso entendimento humano, que está encerrado no tempo e no espaço. Estamos fixados naquela cena de sofrimento, mas o significado espiritual daquele ato, é a mais sublime ação de Amor, que já houve nesta Terra. O ápice do Amor, foi consumado naquela Cruz.

Imagine que a Cruz se desprende do chão e atrai para si a iniquidade dos homens; os que foram, os que são e os que serão. Porque a Redenção é atemporal.

O Cordeiro de Deus, foi imolado antes da fundação do mundo, pois era necessário que assim fosse, pois de outra forma, não haveria a remissão de pecados e todos morreríamos em nossos delitos, perecendo sem Deus.

Cristo, o Perfeito, sem mácula e sem pecados, se fez maldito por amor à nós. Derramando seu Puro sangue, expiou a nossa culpa e riscou a cédula da nossa dívida.

O pecado do que crê, não apenas foi perdoado, mas pago com alto preço. Fomos comprados com Sangue e agora somos Dele.

Jesus, o Templo de Deus, pois Nele foi realizado todo o ritual de purificação de pecados, na Cruz, o Altar, reconciliou os homens que antes estavam separados por causa do pecado, com Deus, que por causa da Perfeição do Cordeiro, nos adota como filhos.

Não há mais separação. Todo aquele que crê nisto, tem livre acesso à presença de Deus por meio de Cristo, nosso único Mediador, pois só Ele é Santíssimo.

Este é o verdadeiro Culto. O único que saciou a Justiça de Deus. Jesus não pagou parte da dívida, ele a quitou. Já não nos resta fazer nenhum outro sacrifício em troca do perdão de nossa dívida.

Nem sacrifícios, nem cultos, nem preço algum. Está feito e consumado, sem mérito humano, apenas a providência Divina, que separou o Filho para a Obra Redentora, gratuitamente, por Amor.

Percebe que apelidamos cerimônias criadas por homens, de forma que perpetuamos um suposto "culto" desnecessário? Aquela liturgia, aquele formato, aquele conjunto de ritos, nada disto é um culto, pois um culto não é sinônimo de homenagens. Onde havia um culto em Israel, significava que alguém havia pecado.

Deus não se sacia com nossa dedicação, com nossas músicas, com as obras que julgamos boas. Deus está saciado de uma vez por todas por causa do Filho Amado que lhe compraz. 

Se a motivação dos nossos encontros, da reunião dos remidos, não for o amor, a comunhão, a troca, o aprendizado, o auxílio, a reconciliação; se a congregação dos justificados não se reúne em gratidão pelos feitos de Deus, se a motivação for completar a Obra Redentora (mesmo inconscientemente) tudo será em vão. Nos unimos por causa do Amor.

Deus não requer do homem nenhum sacrifício. Tudo o que se faz para Deus ou para o próximo, é por causa da consciência da Graça que nos alcançou. É resposta e não causa. Tudo vem de Deus e é para Deus.

Ele nunca se alegrou com a morte, nem de homens, nem daqueles animais oferecidos no culto. Era necessário que morressem por causa do perdão. Assim como era necessária a morte do Cordeiro de Deus, por causa do perdão aos homens. Portanto, Deus não se agrada de cultos. Deus se agrada no Amor, este é nosso culto racional, realizado por meio do corpo, quando temos consciência do que recebemos de Deus.

Depois de consumada na Cruz a Obra e Morte e após a ressurreição 3 dias depois, Jesus está apto a Advogar a nossa causa.

Quando nos olha, Deus já não vê nossos méritos, obras, sacrifícios, investimentos, dedicação, nada disso. Mas também não leva em conta nossa deformidade, miséria, nudez; Ele enxerga CRISTO entre Ele e nós. O Mediador que nos religa à Deus.

É na Perfeição Dele que somos justificados, é nas suas pisaduras que fomos sarados. Alí recebemos perdão, cura e paz. Alí fomos verdadeiramente livres das acusações e de nós mesmos.

Já não há preço a pagar, já não há a necessidade de arrastar nos lombos o peso dos erros do passado, os relacionamentos quebrados, a falta de perdão que acorrenta as relações. Alguns homens se algemam às culpas como se gritassem ao mundo "Estou pagando até o último centavo!". Como se por meio da dor e do sofrimento, pudessem redimir à si mesmos. Não podem! Se não for por meio da fé em Cristo, não há perdão.

O amor pode fazer novas todas as coisas, mas como resultado do Amor que recebemos primeiro. Perdoamos, porque fomos perdoados de nossa dívida impagável. Nos reconciliamos, porque fomos reconciliados com Deus. Anunciamos o Evangelho, porque por meio desta Boa Notícia, soubemos da Misericórdia e Amor de Deus.

Jesus disse oferecendo alívio: 

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve."




Não basta falar de Jesus, citar versículos, frequentar lugares que nunca cessam de exigir do homem mais obrigações. É preciso ir à Jesus e o convite é para todos.

Logo acima deste versículo, um outro diz:

"Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.

Sim, ó Pai, porque assim te aprouve.

Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar."



O Evangelho é tão simples, que as pessoas complicadas não o assimilam. É preciso ser simples, para entender a simplicidade. É preciso que o homem enxergue sua condição de dependente do favor gratuito de Deus, a Graça, que significa "favor imerecido", para então esvaziar-se de si mesmo, para que Cristo cresça nele.

Basta olhar para Cristo e crer que todo culto necessário para tirar de nós o pecado e a culpa, foi realizado e consumado Nele. estamos reconciliados com Deus e podemos promover a reconciliação dos homens uns com os outros.

Só pode seguir Jesus verdadeiramente, quem aprender a negar-se e tomar sua cruz. Tomar nossa cruz, é este ministério da reconciliação, pois da mesma forma que a Cruz de Cristo nos religou à Deus, nossa cruz nos torna UM organismo só, cujo Cristo é o cabeça. Assim a cruz é perdão, uma das coisas mais básicas na vida de quem crê.

O primeiro fruto da Graça é a gratidão. Saber que Jesus se ofereceu para tirar das nossas costas o peso insuportável do passado, das mazelas, das culpas e em troca nos dá a leveza do Evangelho, que também requer renúncias, mas sem a dor na alma que aprisiona e tira a paz.

Entender o que recebemos de Cristo, abre os olhos para enxergar Jesus presente nos nossos piores momentos de crise. E a lição aprendida nesses momentos, nos deram crescimento para testemunho Dele.

O liberto é verdadeiramente livre, porque não arrasta atrás de si, ninguém acorrentado pelas dívidas. E também a ninguém se acorrenta pela falta de perdão.

Ele levou sobre si, tudo o que cabia a nós, mas Nele somos feitos novas criaturas, para expressarmos seu Amor por onde andarmos.

Ah, Senhor... quem dera que todo o cansado e sobrecarregado pudesse compreender estas coisas! Entender o propósito da tua encarnação e saber quem são em Ti... Saber que somos teus, porque fomos comprados para ir pelo mundo, anunciando que o Senhor é Bom! E fazemos isto, não para merecer o que jamais mereceremos, mas porque só UM é Digno de toda a nossa gratidão.

2 comentários:

  1. E ela segue apaixonada, livre, leve e solta, como passarinho no seu vaguear, sabendo que seu voô alegra e encanta quem a libertou!
    É impressionante quando o Evangelho é encarnado em nós o que ele faz com a nossa mente...vira do avesso, expõem para fora todo nosso ser, até não haver mais nada a esconder, e tudo que os olhares podem perceber, é a imagem de alguém que lhes traz a memória aquilo que lhes dá esperança!

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  2. rsrsrs Meu querido, tenho muito a te agradecer, você é bênção que Deus colocou na minha vida, pra despertar minha sensibilidade e encorajar este vôo :)

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