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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Os amigos do mundo




De certa forma, este texto complementa o anterior. Desta vez, meu foco pretende ser uma abordagem à alguns versículos.

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."
Romanos 12:2

"Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus."
Tiago 4:4

Pelo prisma da filosofia, uma tese é contestada pela antítese, mas pode encontrar equilíbrio na síntese das duas ideias, aproveitando o melhor delas.

Minha posição é caminhar sempre me equilibrando entre as ideias rígidas da ortodoxia religiosa e a libertinagem aceita no espírito do mundo, como algo habitual, corriqueiro e natural. Não escolho nem um extremo, nem outro. 

Se em meu espírito, tenho grafada a lei de Deus (qual seja, o Amor) viverei sob as escolhas que meu espírito fará em sabedoria, coerente com o Evangelho que minha boca professa. Mas se vivo de acordo com as influências externas, certamente serei mais um dos tolos que a mídia, a religiosidade e a sociedade manipulam.

Sempre defendi que a ordem que me molda, tem que vir de dentro, porque o Espírito de Deus, habita em mim. Se me permito ser moldada pelas ideias que vem de fora, serei mais uma pessoa lamentavelmente idiotizada pelo espírito que governa o mundo.

Um exemplo: as mulheres sempre lutaram por igualdade e durante muito tempo foram subestimadas e subjugadas. O Evangelho me diz que já não há diferenças entre seres humanos, nem hierarquias, nem acepções vindas da parte de Deus. Logo, é insensato aceitar que mulheres permaneçam à margem, porque são iguais em potencial.

Mas apesar do impulso de defender o direito de ser da mulher, me causa desconforto ver que algumas se perderam tanto, ao ponto de se depreciar. Você observa uma jovem funckeira por exemplo e vê que sua dança é uma simulação do ato sexual. Sinto tristeza quando vejo moças dançando "o quadradinho de oito", como se isso fosse libertação do passado de opressão. 

Elas fazem isso de acordo com a intuição que vem do Espírito no espírito, ou por influência do meio em que vivem? Novelas, BBB, letras de músicas ridículas, violência nas torcidas dos esportes, enfim, o leque é enorme! Se todo mundo faz, fica fácil ir na onda.

O Mistério conduz ao nosso interior. Cada vez que o foco for absorver o espírito do mundo, vamos ignorar a mensagem de Jesus. E quando Jesus for o alvo, o espírito do mundo não terá poderes de sedução.

Quem estuda a história, sabe que a humanidade caminha rumo à uma racionalidade e liberdade. Porém, no caminho se perde, justamente porque o norte está do lado de fora. Cresce e desenvolve, mas quase sempre como uma doença sem controle.

O Evangelho propõe uma reconciliação com o Autor da Vida. Aquele que certamente conhece bem a saída desse labirinto, onde de antemão colocou a Porta, Cristo.

Quem decide ser dependente da Verdade, consegue discernir este paradoxo: Quer crescer? Diminua!

Um comentário:

  1. De fato o limite entre a razão (mente) e alma (coração)existe uma linha (lugar) tênue chamado "espírito" onde quer habitar o Espirito Santo de Deus. Passar uma espada afiada que consiga fazer a separação entre estes dois opostos (mente e coração) para que se possa fazer viver um espírito que estava morto em delitos e pecados é o grande milagre da regeneração.

    Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
    As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.

    Quando isto acontece vem o entendimento que se diz:

    E vos vivificou (regenerou), estando vós mortos em ofensas e pecados,
    Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
    Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
    Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
    Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo, E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus!

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