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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sobre a desconstrução da religiosidade, mas não do amor.




Por causa da intolerância, dos ataques e dos grupos que se formam em redes sociais, numa verdadeira guerra santa, onde cada um defende seu ponto de vista e constitui nos outros, alvos inimigos. Estes parágrafos eram twittes à princípio, mas resolvi registrar aqui para que outros possam pensar à respeito.

Nietzsche começou um movimento importante para desconstruir a religiosidade que retira o homem da realidade. Fez lembrar a integridade.

Assim como falta no homem natural, o canal que o religa ao mistério de Deus, um homem que se fixe na espiritualidade, se torna lunático. Uma pessoa saudável, precisa se reconhecer corpo, alma e espírito, assimilando o que é próprio de cada nuance de sua vida.

Mas é incoerente que cristãos se tornem seguidores de um homem almático. É preciso entender que ele só pode olhar pelo prisma da alma vivente.

O que um ateu pode afirmar sobre a vida espiritual de alguém?

Assim, toda esperança, todo ideal, toda idealização, toda utopia, tira os pés do chão da vida e não apenas a religiosidade. Isso é próprio. O homem natural, tende a desviar seu foco à algo que lhe dê alguma segurança.

A fé não pode ser combatida, porque há erros de interpretação no cristianismo. São coisas distintas.

Cada homem é livre pra escolher seu caminho e livre até para escolher os narcóticos que tornarão sua vida possível. Logo, se a religiosidade falsa supre alguém, não sou eu que tenho que atacar a escolha alheia.

Tudo o que posso fazer, é sugerir meu entendimento, postar minhas ideias, mostrar como assimilo a revelação. Mas se a verdade deles não serve pra mim, impor a minha é arrogância e prepotência.

Ter consciência de que não somos inerrantes, deveria servir para sermos tolerantes. Toda raiz de prepotência na posse da verdade, já torna qualquer tese antipática. Uma sugestão sempre foi melhor assimilada do que uma imposição.

E cada homem tem dentro de si a fonte que jorra sua verdade. Se aprender à buscar, não precisará da direção dos outros. Rapaz, a aridez de ninguém é capaz de interferir na produção dos seus frutos. Cada um faça o seu, porque cada um responde por si.

Ademais, se os frios, materialistas, racionais, são infelizes, porque ditariam sua verdade à quem busca em outras direções? Se nem estes encontraram o que afirmam...

Descanse numa verdade universal: a única alma que está ao seu alcance, é a sua.

Não condicione a tolerância, a harmonia, a boa convivência, aos que fazem parte do seu gueto. Ame apenas e a vida vai parecer muito melhor.

Já conseguiu amar a Deus acima de TODAS as coisas e ao próximo como a ti mesmo? Como quer ensinar os outros a serem cristãos, cabra?

Faça aos outros, o que gostaria que fizessem a você mesmo.

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