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sábado, 3 de dezembro de 2011

Mais engano na praça

A postura de um amigo me chamou a atenção, porque apesar de sempre o ter admirado por ser verdadeiro, meus olhos nunca estiveram cegos pra sua agressividade ao lidar com pessoas religiosas. Não foram poucas as vezes que reprovei sua arrogância e prazer em humilhar, desfazer, ridicularizar as pessoas que tentavam defender a própria fé, porque segundo ele, a intituição é a encarnação do próprio diabo. Ao mesmo tempo, ele não media esforços em militar uma nova causa e promover um certo mentor.

À princípio, a proposta era boa. A nova filosofia parecia querer resgatar a pureza e a simplicidade do Evangelho, condenando a intitucionalização da Igreja e ensinando aos seus seguidores a verdadeira liberdade cristã. Mas o interesse em conhecer um pouco mais, me despertou para uma observação sob outro prisma.

Os seguidores veneram tanto seu  líder, que é inadmissível que alguém o critique. Mas quem está fora, não consegue ficar indiferente, porque é evidente demais a postura rancorosa, vingativa, que maquina e realiza investidas contra os ex amigos que outrora o feriram.

Deveria ser evidente, que qualquer movimento de fé, baseado em ressentimentos e facções, não pode ser saudável. Sem amor, tudo é inútil, em vão e nada é. Basta observar a falta de perdão fazendo vários aniversários, pra entender que há algo de errado alí. 

Além dessa adoração evidente ao mentor, me pareceu que todos eram movidos por um ódio explícito à causa evangélica, mas não limitada à reprovação natural quanto aos erros de doutrina, interpretação e distorções. Mas algo que excedia ao bom senso, como uma lavagem cerebral.

E à mim, hoje, é claro como água. Infelizmente, o mentor fundou sua própria religião, agregando pessoas  que se deixaram levar pelas suas idéias boas e sábias, mas impregnadas de humanidade, queda e raiva do passado. Os jovens são o alvo principal, atraídos com palavras de impacto, como liberdade sexual, álcool e a ilusão de revolução. Mas consequentemente, alimentados diariamente com doses de sarcasmo, ódio e sentimento de vingança. Além da linguagem própria, de quem repete o mesmo discurso, jargões e ira, de tanto ouvir.

Desprezam todo o conteúdo Bíblico, mas usam o Nome de Jesus Cristo. Só o Nome, porque a Verdade de Jesus é relativizada segundo os interesses do mentor, mas a verdade do mentor é absoluta e inquestionável pelos seus seguidores.

Portanto, é uma seita maqueada de Evangelho, mas na verdade não é cristã, porque o que Cristo ensinou é diminuído ao nível do pensamento filosófico da época, portanto ultrapassado, arcaico. Ele falou, mas não era isso que queria falar, mas falou porque era isso o que podiam entender...

Na verdade, a fé de que Jesus é Deus e que tudo o que existe, foi feito por meio Dele e que nada sem Ele se fez. E que pra Ele, por Ele e Dele são todas as coisas, vem por água abaixo na concepção dessas pessoas. Porque qualquer filósofo ateu, que tenha vindo depois dos filósofos cristãos, para eles tem autoridade.

Porém minha fé, de que Deus É de Eternidade à Eternidade e que não muda, me enche o coração de certeza, de que Jesus nasceu no tempo determinado pelo Eterno e cumpriu o que veio cumprir, me dá a convicção de que o contexto, foi preparado desde antes da fundação do mundo e Sua Verdade é imutável e inegociável. Quem despreza seu ensinamento, é qualquer outra coisa, menos um cristão.

E quem contestou sua Verdade, seja anátema!


3 comentários:

  1. “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.” (Tiago 3:13-18)

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  2. A exemplo do "amigo" citado, tenho ouvido muitas mentes que dizem estar no "Caminho", mas negam o poder do Evagelho que é manifestado pelo fruto do Espírito.
    Esta ministração fala de tomarmos uma postura, um proceder na ação e nas palavras.
    Esta postura não nos chama para exclusão dos "meios", nem para a guerra dentre mentes, mas para amarmos em singeleza de amor fraterno, que não se defende ante a perversidade das ações ou das palavras, mas age com paciência e brandura

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  3. Exatamente. A Bíblia nos instrui a acolher ao débil na fé, mas não para discutir opiniões. Por esse detalhe, não aceito que me imponham que devo sair do meio onde escolhi congregar e que demonizem toda a espécie de institucionalização. Ninguém contribui para a mudança necessária, saindo para apedrejar. Isso é vandalismo, é dar vazão ao instinto mais baixo que temos.

    Vejo muita gente se dizer revoltada com a situação atual das igrejas institucionais saindo e o que o passar do tempo revela é que perdem a fé, se tornam vazias e carnais.

    Congregar num templo não é uma regra, mas para sair, é necessário ter estrutura para continuar caminhando no Evangelho.

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