Confesso que andei um pouco descrente com relação à manifestações sobrenaturais, beirando à frieza espiritual, investindo muito mais no lado intelectual, do que na intuição que nos desperta para a percepção da Pessoa de Deus. Em parte, pra evitar as bizarrices que a gente costuma saber através de notícias de todos os lados. O culto precisa ser racional. Precisamos saber o que estamos fazendo e quem estamos cultuando.
Mas este renovo é necessário e aviva nossa fé, então não podemos apagar o Espírito Santo, que age conforme a liberdade que damos à Ele. O relacionamento com Deus, como qualquer outro, depende das duas partes. Se não dou espaço para que Deus se manifeste no meu interior, Ele não me obrigará à isso.
Então, estava eu numa apresentação diferente de um saxofonista cristão, que primeiro deu um testemunho de cura, onde Deus lhe restaurou um osso no maxilar, muito necessário para ele que é músico. Depois comentou sobre a forma como Deus tem prosperado seu ministério. Não convém divulgar seu nome, porque não é ele o alvo do post.
E em determinada música, ele começou a passear pela igreja, entre as pessoas, tocando aquela melodia em oração.
À princípio, me provocou emoção, como é natural em uma boa música. Mas à medida que o som se aproximava de mim, com os olhos fechados, a vontade de adorar aumentava e eu glorificava à Deus e declarava meu amor.
Mas algo aconteceu quando a música chegou do meu lado e temo não conseguir descrever com palavras, tamanha experiência que ela me proporcionou. Era como um condutor direto à Glória de Deus. Primeiro o Vento entrou tão forte que me moveu do lugar, circulou ao meu redor e entrou na altura do meu estômago. Instintivamente, comecei a cantar uma música que se encaixava na melodia do sax e a letra nascia na minha língua, como se eu a conhecesse.
Nunca na minha vida senti algo tão forte, uma alegria tão grande que não conseguia parar de glorificar. Meu espírito estremeceu dentro de mim, como um estrondo, eu estava extasiada. E à medida que o som ia se afastando, fui voltando ao meu estado normal.
O mesmo aconteceu com a maioria das pessoas alí e eu pude perceber que o preconceito tira de nós a oportunidade de sentir Deus fisicamente. São tantas coisas e enganos que escutamos, tanta gente desviando o foco e se deixando levar por modismos e histerias, que não nos entregamos de corpo, alma e espírito à uma adoração verdadeira, ao ponto de sentir o abraço de Deus.
Experiência que não vou esquecer.
Que coisa linda, Neth. Veja que Deus age quando a gente não espera, não fica preparando clima, não?
ResponderExcluirMuito lindo.
Bjs.
Verdade, acontece como um presente :)
ResponderExcluirE convém não passar a depender desse tipo de manifestações, pra não virar idolatria e vício.
Eu creio em manifestações sobrenaturais, mas não dependo delas pra crer em Deus. Esse é o ponto.
beijos, Lu.