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segunda-feira, 21 de abril de 2014

De dentro para fora




O Reino de Deus é estabelecido dentro do homem. É à partir deste governo interior, que o homem faz suas escolhas e vive suas novas experiências, pautadas numa consciência saudável no Evangelho de Cristo.

É do íntimo que brota a verdadeira paz, esta que só Jesus, o Cristo de Deus pode dar, não como a paz temporária do mundo, mas uma paz que independe das circunstâncias. E havendo esta paz interior, a transmitiremos aos nossos relacionamentos. Não pode ter paz com o próximo, aquele que ainda não conhece a paz que só Jesus tem para dar.

Não pode transbordar de alegria, esta que formoseia o rosto, aquele cujo coração está oprimido e cheio de culpas. Somente aqueles que receberam o perdão de Deus, tem leveza e alegria. E somente estes conseguem perdoar e esquecer tudo aquilo o que é desnecessário carregar nas costas.

Somente aqueles que reconheceram o amor que faz expiação de pecados, aquele que lavou nossa culpa por intermédio do sacrifício salvífico de Cristo na Cruz, pode emanar a essência amorosa na direção do próximo. O amor que transcende à nós da parte de Deus, fonte de tudo o que é bom, irradia de nós nos encontros, nas relações, nas trocas...

Se não é à partir de dentro, se nossa essência não foi transformada em nova criação, com nova postura, novas atitudes, novo entendimento, nossas obras serão inúteis.

Claro que o que somos, deve ser expresso em atos, palavras e atitudes, mas nossos feitos não provocarão em nós mudança alguma. São as mudanças que acontecem a partir da conversão, que refletirão na vida prática.

Na fé distorcida, deformada, defeituosa, supomos que o cumprimento dos horários, dos dias marcados para cultuar, dos compromissos, de um protocolo e um esteriótipo, resultarão em bênçãos, benevolências e agrados da parte de Deus.

Deus nunca pediu fatia do tempo de ninguém. Uma vez alcançados pela Graça, somos Dele integralmente. E aquele que entrega o dízimo como dever cumprido e deixa seu próximo passar necessidades, peca. No Evangelho, não se contabiliza entradas e saídas de dinheiro. Se dá enquanto se tem, se ama sem medida e não se acumula, sempre com alegria. 

Amor não é investimento, é Graça, é doação. De nada vale cumprir uma obrigação, negligenciando no amor e na justiça.

Na fé verdadeira e pura, entendemos que todos somos merecedores do inferno, destituídos da Glória de Deus, corrompidos na nossa natureza, completamente dependentes da Graça de Deus, que é favor imerecido. Então nos alegramos nos feitos de Cristo, no mérito de Cristo, nas promessas de Cristo, porque num mercado de escravos nos comprou com sangue e agora somos dele.

Nada do que viermos a realizar nesta vida, acrescenta um ítem sequer para nos tornar merecedores de algo vindo da parte de Deus, não se iluda, não minta para você mesmo. Por melhor que seja seu conceito com relação à você mesmo, ele não testifica à seu favor.

Diante de Cristo, no dia do Senhor, todos aqueles que se achegarem dizendo "fiz isto e aquilo em teu Nome" será chamado maldito, pois estará colocando preço na salvação que é dada de graça ao que crê. Jesus nunca vos conheceu, pois nestes não há a essência amorosa de Deus.

Mas aqueles que mesmo fazendo, não creditam isto em seu favor, antes dizem "Quando fizemos estas coisas ao Senhor?" Estes amaram e são os benditos que entrarão no descanso do Senhor. Reconhecidos por causa do amor.

O que nos molda vem de dentro, pois o Espírito de Deus habita em nós. Assim, cada discípulo irradia para o mundo a Luz de Cristo, esta que faz de nós luzeiros na vida uns dos outros, para a Glória do Senhor.

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