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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Metanóia

A Obra Redentora foi consumada dentro do tempo, quando Cristo expirou na Cruz. Mas não, a Graça não tem 2012 anos. O Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo (Ap 13:8). Antes que houvesse homem e pecado, já havia o Amor, já havia a Porta da Redenção. E antes da consumação do sacrifício de Jesus, muitos foram justificados Nele, pela fé.

Além do equívoco de fatiar o tempo, separamos a fé em dispensações e isso facilita uma confusão muito comum no meio cristão. Apesar do Sacerdócio de Cristo ter entrado em vigor após a ab-rogação da Lei Mosaica, a Graça é espiritual e atemporal.

A metáfora do Oleiro, sugere que o Senhor trabalha na vida de cada homem de forma artesanal, individual. Não somos robôs agindo em série, cada um vive num ritmo e todos somos filhos amados, recebendo atenção minuciosa, de acordo com as necessidades de aperfeiçoamento de nossa alma.

Portanto, a Graça chega na vida de cada homem, à medida que este homem decide passar pela Porta. Antes disso, ele está sob a Lei.

Sim, dentro do tempo tudo está consumado. Mas dentro de cada coração, a decisão é singular. Ela acontecerá no momento da conversão da mente. Mudança que marca o nascimento de uma nova postura, uma nova realidade de vida. Não é uma condição, mas uma consequência natural na mente do que crê.

O que temos visto, é um grupo de pessoas que erram deliberadamente, afirmando que a Graça absolve a culpa e já não vivemos mais na Lei. Mas a consciência cauterizada é diferente da absolvição da culpa proposta pelo Evangelho. Não há perdão sem arrependimento.

O preço está pago, mas sem fé, é impossível reconhecer e assimilar a voz do Bom Pastor.

Desde o antigo testamento, Deus nunca desejou holocaustos e sacrifícios vazios de sentimentos. Eles deveriam ser precedidos por contritamento e quebrantamento de espírito. Assim é hoje em nossas vidas. Qual a serventia de tantos discursos que valorizam o próprio ventre, se os corações não se voltam para Deus, se as pessoas já não se reconhecem como são?

O homem que nega suas próprias responsabilidades, usando Cristo como bode expiatório, não o viu como Cordeiro de Deus. Não há fé sem metanóia. Não há conserto sem a proposta de um recomeço. Novidade de vida.

Assim, os que perseveram no mal menosprezando a Lei, continuam debaixo dela. A Lei não é má, ela apenas denuncia quem somos. A Lei serviu para mostrar ao homem, sua incapacidade de se justificar por obras. Ela revela a condição humana. A necessidade do Salvador.

Não há meio de viver na Graça, se não for pela intimidade em andar com Cristo, o Amor. O Reino de Deus é hoje e está dentro de quem aceitou e amou a Boa Nova.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Contradições

Por pura misericórdia, Deus tem me usado como canal para levar outras pessoas a refletirem sobre suas mazelas. São palavras que na maioria das vezes, latejam e fluem de mim, mas não são exatamente minhas.

Não poucas vezes, eu mesma sou confrontada com elas. Elas trazem à tona minhas próprias dores e misérias. Elas desenterram gritos e gemidos que insistem em se esconder na minha alma.

Não há ser  humano que não se contradiga em algum momento. Não há homem que não depare com a dor de existir e ser o que é.

Mas no Reino de Deus, é pra cima que se cai.  Essa ferida só vai sarar, depois que o carnegão sair. Que doa até o último gemido, mas que a ferida se feche.

Reconhecer minha incompletude e desespero, me torna cada vez mais dependente e entregue à quem pode me resgatar.

Na verdade, me permito chorar e urrar de dor, nos braços do único que se importa em secar minhas lágrimas, sem sombra alguma de acusação. Ele apenas me ama. Apenas me aperta forte em seu peito largo.

domingo, 27 de maio de 2012

Doenças do ego






Todo mundo tem conhecimento das doenças psicossomáticas. Consistem nas doenças que provém de comportamentos repetitivos no lado emocional, refletindo muitas vezes no corpo ou no humor.


O que quero chamar a atenção, é para a espiritualidade da coisa. 
Reflita um pouco: Medo e insegurança, acabam sobrecarregando os rins. Tristeza profunda, provoca doenças em pulmões. Raiva sobrecarrega o fígado. Apego em demasia provoca prisão de ventre, enfim, o corpo responde conforme nossas atitudes, sentimentos, comportamentos.

Apesar de algumas pessoas não admitirem, qualquer psicanalista pode informar que a depressão é um estado proveniente da  autocomiseração. A pessoa não suporta a ideia de ter que passar por determinada situação e inconscientemente, alimenta essa tristeza contínua, que num caso extremo, mina a vontade de viver. Claro que alguns argumentam que a falta de serotonina é algo físico e influi diretamente no humor.  Mas é justamente o distúrbio emocional, que provoca a queda da serotonina e não o contrário. Sentir tristeza é normal, mas permanecer com essa tristeza crônica é indício de doença na alma.

Por incrível que pareça, até a timidez, que muitas vezes provoca suor frio, tremedeira e boca seca, no fundo é  apenas o medo da reprovação. A pessoa é tão perfeccionista e cobra tanto de si, que não suportaria não ser aprovada pelo público. Então se fecha e se justifica na timidez.

Todos esses estados, são provenientes do ego, vontade, alma, ser, individuação, adoecidos. Quanto mais centrados em nós, mais probabilidade de adoecer na alma.  Observe só.

Uma pessoa que nutre uma raiva antiga, tem um desconforto permanente, que acabará provocando uma doença física. Mas se essa pessoa perdoa, ainda que haja um desconforto no momento da reconciliação, haverá refrigério na alma, porque o perdão é espiritual.

Assim acontece com cada enfermidade proveniente do ego. À medida que nos libertamos de nós mesmos e de nosso egocentrismo, ganhamos saúde espiritual, que reflete no nosso corpo. Quantas vezes ouvimos falar que uma pessoa se converteu e ficou curada? É justamente porque fez contato  com o lado emocional, entregou para Deus por meio da fé e ficou livre.

Nem todas as doenças são para a cura, mas as emocionais são saradas, na medida em que nos permitimos ser tratados por Deus.

O amor, o perdão, a soma, a consciência de ser um com o outro, não causam doenças em ninguém. Mas ser egoísta mata.

Amargura e murmuração, são filhotes do egocentrismo. A liberdade é amar o outro, ao ponto de se desprender do próprio umbigo.

Entender que uma célula é impotente em relação ao funcionamento do Corpo, nos impulsiona a somar com o outro, para ser com ele VIDA.


sábado, 26 de maio de 2012

Sede santos, como eu sou santo

Em 1Pe1:16, Pedro citou as Escrituras, aconselhando os cristãos à uma vida separada. 
No Velho Testamento, o lugar santo, era o separado dos outros, para a adoração, o dia santo, sábado, era separado por causa do Senhor. Os objetos santos eram de uso exclusivo no templo, enfim, algo santificado, é algo consagrado para o uso de Deus, separado das coisas comuns.

A religião distorce o sentido da santidade, da separação, da consagração, colocando nos lombos do homem, uma carga deveras difícil de se carregar. Dão a conotação de perfeição à esta separação, frustrando cristãos sinceros e alimentando sentimento de culpa.

Jesus foi santo. A Razão de sua vinda era justamente o propósito do Pai de oferecer o sacrifício Perfeito pelo resgate de muitos. Ele foi fiel até o fim e portanto digno de ser ressuscitado, cumprindo Nele o que cabia a nós.

Muitos cristãos gostam de dar ênfase ao sofrimento de Jesus, contar quantas pontas tinham o açoite, quantos espinhos na coroa, falam com ímpeto que Jesus derramou até a última gota de sangue, enfim, supervalorizam a dor, como se ela fosse o que validou o sacrifício. Se todos esses pormenores fossem importantes, haveria um livro inteiro apenas para descrevê-los, mas não são.

A própria Bíblia narra a história de uma mulher, esposa  de profeta, que além de ser estuprada e assassinada, foi também esquartejada pelo marido como ato de seu protesto e cada parte sua, enviada às doze tribos de Israel. Certamente uma morte muito terrível, porém, sem valor redentor.

O que valida o sacrifício de Jesus, é sua Perfeição. O fato de não ter pecado, apesar de andar num meio corrompido. O Lírio dos vales, que permanece alvo no meio da lama. E por causa de sua Perfeição, ressuscitou glorificado, digno de ser nosso Mediador.

Conheci um cristão que disse: "Mesmo que Jesus não tenha ressuscitado, eu creio nele". Provavelmente esse moço, não tenha entendido nada até agora. Pois se Jesus não ressuscitou, sua morte foi em vão, não serviu para nos justificar. E esta história tem tanta validade quando a de Cinderela. 

Mas se Jesus ressuscitou, significa que o Cordeiro foi Perfeito e aceito como expiação de nossa culpa. Como sabemos disso? Mediante a fé. É o Espírito Santo que testifica em nós todas essas coisas.

Quando o Senhor diz "Sede santos, como eu sou santo", está dizendo "Escolha ser instrumento, seja usado para as coisas do Reino, aceite ser moldado pela voz doce do meu Espírito, seja separado das coisas comuns".

Se a religião te impõe algo insustentável, algo que certamente sua condição humana tornará impossível, não se aflija! A santidade vem do Santo Deus. Fomos criados para luzir a santidade de Deus para o mundo, espelhar o caráter de Cristo. E quem começou a boa obra, é fiel para concluir. Descanse nisso e apenas busque boas escolhas.

Um adendo para expor uma teoria: imagino que  a "fofoca" seja algo tão comum em comunidades evangélicas justamente porque a frustração de não alcançar a utopia de perfeição, faz com que a pessoa sinta a necessidade de denunciar o erro dos outros, aliviando assim sua própria incapacidade. Ou seja, é danosa essa imposição e muito infrutífera.

Tão somente tenhamos essa consciência de separação por meio de Cristo, para escolher sempre a Boa, Perfeita e Agradável Vontade do nosso Deus. A santidade produz em nós refrigério, enquanto escolher o ambiente do pecado, nos enche de desconforto. Mas saber que estamos sujeitos a obedecer nossa carne é necessário para entender que quem nos justifica é a Perfeição de Cristo e não nossas próprias obras.

sábado, 19 de maio de 2012

Desprendimento

Estava lendo um texto muito interessante do meu amigo Júlio Diniz http://www.quartododesejo.com/2012/05/bonanca-nao-vira.html sobre a morte e como lidar com ela.

Ainda ontem, estava meditando sobre a efemeridade da vida e no movimento que as pessoas fazem, ao correrem atrás do vento, tentando acumular coisas e pessoas, tentando alcançar seus pódiuns, vencer, conquistar, crescer, ser...

A morte é uma realidade, que nos coloca frente a frente com nossa condição. A de não ser e apenas estar dentro do tempo, até o dia que isso é retirado de nós, querendo ou não. Seja lá qual for nossa fé, um dia seremos talvez lembranças pra quem fica.

Logo, toda essa correria em busca de realização, é mero desespero. A morte não escolhe gênero, idade, posição social. Ela é a única certeza que temos, apesar da incerteza de quando será.

E enquanto o corpo quer o crescimento, a caminhada cristã sugere o inverso: o decrescimento. Convém à alma diminuir, para que cresça a presença de Deus em nossas vidas. Um vaso cheio, não deixa espaço para receber azeite. Quanto mais cheios de nós, de coisas, de ocupações, menos disposição para assimilar o que vem do Alto.

As pessoas buscam o crescimento, as conquistas, todos querem vencer na vida. Tudo o que eu quero é decrescer, diminuir, me esvaziar de mim. Quero não querer.

Assim, talvez quando for minha vez de partir, as lembranças que ficarão, serão a de um abraço, um sorriso, um auxílio, uma boa palavra... 

Nada  na minha vida aconteceu de forma convencional. Sempre senti que não sou deste mundo e as coisas do mundo, as que a maioria das pessoas lutam pra ter, sempre me pareceram pequenas demais. Cheguei  a uma conclusão: Deus não me deu uma família, me deu todas. Não sou um indivíduo, sou o mundo que Ele  amou. O que passa pelas minhas mãos, não é meu, mas está sob minha administração. Assim, cabe a  mim usar de forma que beneficie os outros também.

Desprendimento. Acho que a consciência de que tudo é efêmero, reaviva em nós a esperança no que há de vir. Estamos nessa dimensão para deixar de ser. Matar o ego, para conseguir viver o amor.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Acolhei ao débil na fé

A gente lida com coisas bem bizarras no meio gospel. Eu, me limito a observar e silenciar, desde que não se deturpe a mensagem bíblica.

Condenar o débil na fé por necessitar de amuletos, canais para vivenciar a divindade, é o mesmo que escarnecer de alguém que precise de prótese.

A falta de sensibilidade para lidar com a superficialidade do outro, já é indício de superficialidade. É como rir do olho de vidro, enquanto arrasta um andador.

É sensato dizer que um cadeirante está se locomovendo errado? Não seria esta a única forma que ele dispõe para ir e vir?

Da mesma forma, não se empurra feijoada boca à dentro, de um bebê lactante. Ou se comete uma monstruosidade.

Continuo achando, que Deus se revela a cada homem de forma distinta, usando a essência desse homem como canal. Somos diferentes. Mas é fato que reconhecemos nossos iguais.

O erro é a arrogância de achar que nossa forma de perceber o mistério é o correto e todos os outros, equívocos.

Cada homem percebe de Deus, o que suporta.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Família: amor ou ego

Na congregação, estamos no período do ano que mais gostamos, porque é quando separamos o mês para visitar as famílias da Igreja, orando especificamente e estreitando a comunhão. É sempre muito gratificante e crescemos muito estudando temas sobre a família e aprendendo com as experiências dos irmãos.

E como Deus me deu o texto anterior para compartilhar com os irmãos ontem, eu ainda não tinha entendido bem a relação entre o ego X amor dentro da Igreja e a relação que este assunto tinha com a família. Só ontem Deus me deu o restante da reflexão e eu percebi, que a Igreja, é uma família amplificada ou a família, uma miniatura da Igreja.

A família é uma instituição, que representa a Igreja de Cristo, onde o marido é o cabeça, a esposa sua cooperadora, auxiliar e os filhos são como os cristãos que seguem sob orientação e bom exemplo do pai.

O marido, deve amar sua esposa, ao ponto de se dar por ela. Autoritarismo, orgulho, tirania, não são atributos do amor. Não é possível amar sem renúncia. Tem homens que casam e acham que ganharam uma serva, mas a postura de Jesus com relação à Noiva é outra: Ele se deu por amor à ela, para que ela fosse verdadeiramente livre.

A esposa deve ser submissa ao marido, por questão de ordem na família, para que não hajam choques de ideias que prejudiquem a harmonia do lar. Não é possível ser submissa a quem não se ama. Num contexto amplificado, Jesus amou a Igreja, se deu por ela e EM RESPOSTA a esse amor que recebeu primeiro, a Igreja coopera com a expansão do Reino. A mulher é auxiliar do marido, em resposta ao seu amor.

Os filhos, devem respeito e honra aos pais. Não é possível a obediência e a reverência sem amor. Filhos rebeldes, irreverentes, afrontadores, estão mais centrados no ego, do que no amor.

Os pais, devem conduzir os filhos, sem provocá-los a ira. Devem entender que autoridade, não está vinculada à ditadura, pois até o Deus Soberano, nos dotou de livre arbítrio, para que escolhamos obedecer, por amor.

Na parábola do filho pródigo, entendemos que deixar ir, também é amor, porque as experiências ensinam mais que teorias. Na parábola, podemos observar que o filho que vai, volta convertido, reconhecendo sua real condição, enquanto o que ficou, continuou egoísta, ciumento, enfurecido com a misericórdia do pai.

E da mesma forma, que no texto anterior, enfatizamos que o ego tem o poder de distorcer, deturpar o verdadeiro Evangelho, em detrimento ao amor, que deve reger todas as nossas ações, o mesmo ego também distorce o sentido da família, inverte papéis e às vezes coloca ponto final, porque só o amor é eterno.

Lembrem-se que o diabo já foi vencido na Cruz. Hoje, nosso maior inimigo é nosso próprio ego. É ele quem tem o poder de distorcer o sentido de todas as coisas, quando o amor se esfria.

sábado, 5 de maio de 2012

O Evangelho de Cristo e os outros

Do início ao fim, a narrativa bíblica trata da disputa entre ego e amor. E o vencedor, é o que consegue renunciar à própria carne, para amar.
 
A matemática é simples: Quanto mais quero pra mim, menos penso no outro. Se me nego em favor do outro, estou exercitando amor. Numa pessoa cheia de si, não cabe mais ninguém.
 
A Lei de Cristo é o amor. À Deus acima de tudo, porque assim saimos do centro e ao próximo como à nós mesmos, para conseguir ser UM com o outro.
 
- Adão: a Serpente não fez outra coisa, senão despertar o ego de Adão, que já havia. Ela não criou o mal, ela não fez a concupiscência brotar na alma dele, ela apenas o seduziu com a ideia de ser "igual a Deus". Adão cobiçou essa posição e escolheu fazer sua própria vontade, em detrimento à Vontade de Deus, que era de que ele se negasse e obedecesse a única lei que havia alí. Seria o amor, vencendo o ego.
 
- Jesus, o 2º Adão comeu de outra árvore e viveu. Foi perfeito, porque preferiu a Vontade do Pai à sua própria. Assim, foi guiado pelo Espírito Santo, mortificou a alma e venceu. Jesus, enquanto encarnado, era homem sujeito à desejos como qualquer outro. Mas permaneceu no propósito à que foi enviado.
 
Quanto mais mortificados para nossa vontade, que é o mal em nós, porque provém do nosso egoísmo, mais sensíveis ao que devemos realizar. E quanto mais de nós, da vontade, do ego, da necessidade de nos atender, menos percepção teremos de Deus e de Sua Vontade. Por isso devemos buscar o Reinado Dele em nossas vidas. Assim, as outras coisas são acrescentadas naturalmente, sem necessidade da nossa preocupação com elas. (Mt 6:33)
 
Jesus nos ensinou como deve ser a caminhada e o Evangelho é como um espelho que nos reflete por dentro.

- A Graça nos dá condições de perdoar 70X7. Se nossas mágoas fazem até aniversários, significa que ainda temos mais de nós do que de Deus. Assim é com a raiva, ciúmes, divisões, egoísmos, etc. Está consumado! Já temos condições de nos negar!
- Dar o outro lado da face, caminhar a segunda milha, só ofertar depois do conserto com o irmão, ceiar após examinar-se, ser desprendido das coisas materiais, socorrer e dividir com os necessitados... tudo isso, são exercícios propostos por Jesus, para que nos avaliemos, para mortificar o ego e alimentar o amor.
 
Jesus também nos ensinou a viver um dia de cada vez, dependendo de Deus constantemente: "o pão nosso de cada dia, nos dai hoje", " Cada dia traz o seu próprio mal, não andeis ansiosos", "no mundo, tereis aflições", "negue-se, tome sua cruz e siga-me".


Jesus apresenta um Evangelho, onde:
-O menor, é o maior.
-O fraco é o forte.
-O pequenino é o que conhece.
-O que sofre é o bem-aventurado, feliz.
-O que perde, é o que ganha.
-O que dá, é o que recebe.
-O que se nega, é o que vence.

Filipenses 1:29 "pois vos foi concedido, por amor de Cristo, não somente o crer nele, mas também o padecer por ele"

João 15: 18 e 19 "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia."

Ap 21:4 "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." 





Perceberam que o povo de Deus é bem diferente do que se prega hoje? Não há privilégios, não há o céu na Terra, mas há a realidade de perseguição e inimizade com o sistema aceitável no mundo. Há o compromisso de negar a carne, tomar a cruz que são as nossas responsabilidades e seguir Jesus anunciando o Reino.


O evangelho falso


- O Evangelho de Cristo nos une, nos faz UM Nele. Instituições religiosas nos separam por placas.
- O que pregam:

Evangelho agradável aos ouvidos (2Tm 4:3,4) "Porque virá o tempo, em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo comichões nos ouvidos, amontoarão para si, doutores segundo suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando-se às fábulas".

Gal 1:8-11 "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. 
 
1 Tim4:1,2 "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo sua própria consciência cauterizada"

Filipenses 3 :17 a 19 "Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;  Porque muitos há, dos quais repetidas vezes vos disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o ventre, e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas."

Distorções de títulos: Cargos na Igreja primitiva, é questão de dom e organização de funções e não hierarquia. Não há outra mediação além da mediação de Cristo.

Presbítero - ancião
Apóstolo - enviado
Discípulo - aprendiz, seguidor
Bispo - sipervisor
Diácono - ajudante
Pastor - Metáfora sobre o pastoreio de ovelhas. O que guia, alimenta, protege.

Traduzimos a Bíblia, mas usamos os títulos em grego. Isso dá status e até certa disputa de importância, num Corpo onde só um é o cabeça.

- Comércio de dons, músicas, livros, testemunhos, produtos gospeis. Um verdadeiro mercado, em detrimento ao preceito de Jesus de que devemos DAR o que de graça recebemos. A ira de Jesus no Templo, foi contra os que vendiam e os que compravam, profanando o Sagrado.


Com toda essa distorção, o falso evangelho faz o caminho inverso, tornando o homem cada vez mais egoísta e menos amoroso.