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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fora vendilhões!

Mateus 10:8 "Dai de graça, o que de graça recebestes"

Mateus 21:12 "E entrou Jesus no Templo e expulsou todos os que vendiam e compravam e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas."

Se Jesus entrasse hoje numa expo-cristã, qual seria sua reação, ao ver que seus servos autografam livros, vendem produtos fabricados para o consumo gospel, com a maquiagem de "edificação" mas que na verdade não passam de auto ajuda para pessoas desesperadas e desorientadas? O que faria quando visse seus servos sendo escoltados por seguranças em shows, para evitarem assédios inconvenientes e enriquecendo às custas do Evangelho e de seu precioso Nome? Mamon está no controle e a massa de manobra faz o que ele quer.

Fui dia desses à uma apresentação de uma banda secular, que faço questão de prestigiar quase todas as vezes que vem à Belo Horizonte. Porque gosto de música de qualidade e porque admiro a filosofia do idealizador do projeto.

Esta banda tem por característica, não usar a mídia para se promover, embora vez ou outra sejam convidados à participarem de algum programa, justamente por ser um fenômeno de público. Sua míidia é feita boca à boca, por meio da internet. Seus CDs são baixados gratuitamente e isso é incentivado pelos próprios músicos e caso o admirador da banda prefira, em cada show é montada uma barraquinha com produtos relacionados à banda, tipo: camisetas, DVDs e CDs por preços simbólicos, equivalentes ao custo do produto. Isso é possível porque é um trabalho independente, sem patrocínios e sem apoio de mídia, portanto não há custos com divulgação.

O CD mais caro, custa R$15,00 porque é lançamento. O anterior R$10,00 e o mais antigo R$5,00. E ainda assim, tudo é realizado com a maior qualidade. Além da proposta da trupe de unir a diversidade e elevar a auto estima das pessoas, esclarecer, falar de amor, humor e esperança. Pra mim, esta é a verdadeira proposta do Evangelho, mais evidente numa banda secular, do que no que se vê hoje no meio gospel.

Sem contar que ao final de cada apresentação, eles descem para o meio do público para interagir com quem apoia o trabalho. Conversam, abraçam, fotografam com as pessoas.

Se é possível fazer arte com acesso fácil ao público, por que as estrelinhas evangélicas enriquecem às custas de uma massa de manobra que engole porcaria mascarada de edificação?

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.
Mateus 21:12-13

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