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sexta-feira, 29 de julho de 2011

O relato da criação

Muitos cristãos crêem no relato literal da Criação, no Livro de Gênesis, mas a maioria, creio eu, o lê como um Poema, cheio de figuras, metáforas, alegorias.

Surgiu essa discussão no fórum e eu respondi à maneira que creio:

Particularmente, não creio que Deus tenha criado um animal e viu que era bom, para depois amaldiçoá-lo por ter sido usado pelo diabo, condenando-o a comer pó, porque animais não tem entendimento.

Vejo uma figura do diabo, recebendo a incumbência de devorar pó (carne) assim como também é chamado de leão, que procura uma brecha para devorar o homem (não literalmente, lógico). Mas induzindo-os ao pecado, que temos o poder de dominar. Quem produz o fruto do Espírito, vive por Ele. Quem não produz, está fadado à ser devorado pela própria escravidão ao pecado, obras da carne (tornando-se assim semelhante ao diabo, que é pai da mentira, do engano, de tudo o que afasta o homem de Deus).

Dessa forma, criando o diabo e sabendo do futuro por presciência, Deus cria o mal por tabela. Por isso em Isaías Ele diz "Eu crio o mal" pois nada ocorre fora de Sua Vontade.

Quando leio sobre a Árvore do conhecimento do bem e do mal, plantada no Jardim, vejo claramente a possibilidade de pecado exposta. Mas não consigo crer que Deus foi pego de surpresa, até porque a Árvore da Vida o antídoto, já estava lá.

Quanto ao pecado, antes da desobediência, houve a valorização do ego. A Serpente fez um discurso enganoso de que o homem se tornaria como Deus e o homem desejou isso. Desejou obedecer a própria vontade, ignorando a Vontade de Deus. Se colocou no centro, no primeiro lugar. Creio que este foi o pecado.

Durante toda a Bíblia, vamos ver o homem lutando contra a própria vontade, contra o ego. E vemos Jesus, o único que renunciou totalmente à si mesmo, por obediência.

Vejo no relato sobre Adão, muito do que nós somos, como agimos quando pecamos, como nos escondemos de Deus. Mas vejo também na pergunta do Criador "Onde estás?" a oportunidade do arrependimento depois do pecado. E na confecção de roupas, um ato de Misericórdia, mesmo que o homem tenha que colher a consequência de seus erros.

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