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sábado, 17 de julho de 2021

A utópica plenitude

 2 Com 4: 8  Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;


O crente não se desespera, porque esperar em Cristo, é justamente sinônimo da fé. Viver não por vistas mas por esperança, é o que indica se cremos ou não. Confiar diante do sim ou do não, descansar em Deus, fazendo Ele nossa vontade ou a Dele. Esta é a postura dos nascidos de novo 


Me lembro bem que no velório da minha mãe, uma pessoa notou nossa forma "estranha" de viver o luto. Haviam filhos abatidos e tristes, mas não havia ninguém desesperado, desmaiando ou questionando Deus. Ela comentou que nem parecia que tínhamos perdido a mãe, acreditando que a "ficha" ainda não tinha caído. Surpreendeu-me por ser uma religiosa, mas isso explica o fato de viver desesperada diante dos problemas da vida. Uma pessoa assim, não conhece a segurança de confiar na ressurreição ou a resignação diante da dor. Certamente não entendeu nada porque julga que pessoas sem religião não podem viver a fé.


Nossa mãe continua sendo nossa maior saudade e ainda hoje choramos sua ausência, mas esperamos até o fim pelo que foi prometido e sentimos gratidão pelo sofrimento dela ter sido abreviado e sua morte natural. Mais gratos ainda pelo que vivemos nos últimos dias de vida, quando nos aconselhou, consolou e instruiu como proceder depois de sua partida. Tivemos paz para passar por tudo e jamais questionamos o fato de não ter acontecido um milagre para prolongar a vida. Sabemos que Deus tem o controle, sabemos inclusive que todos nós temos nossos dias contados para partir. Como tem gente desesperada e frustrada com os nãos que recebem... Como é frágil o que chamam de fé e como a religiosidade atrofia o entendimento de alguns.


Dor, problemas, dificuldades, percalços, adversidades, doenças, teremos todos. E nem sempre haverá livramento, teremos que passar pelas aflições da vida. Contudo estaremos guardados na confiança e esperança de que em todos os momentos, Jesus não nos abandona e no final, entenderemos tudo, porque plenitude, só na eternidade.

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