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sábado, 30 de junho de 2012

Antes, amar.

Compreendo perfeitamente o quanto se sente ludibriada, a pessoa que foi manipulada pelo sistema religioso institucional. Depois de uma vida dedicada à religiosidade e às regras humanas, com um pouco mais de afinco nos estudos bíblicos, é possível identificar a enorme quantidade de entulhos gospeis e enxertos.

O que não concordo, é que violentem pessoas de boa fé, com discursos arrogantes e cheios de mágoa, empurrando verdades garganta adentro.  Isso é violentá-las, sem se dar conta se estão ou não preparadas para uma decepção tão grande, já que a fé é algo bem íntimo. É como socar feijoada num recém nascido. Longe de ser amor, isso é crueldade.

É preciso delicadeza para sugerir novas possibilidades. Se queremos contribuir com o crescimento do Reino, o anúncio da Boa Nova, temos que ser mansos como Jesus. 

Me importa menos desmascarar líderes e sistemas, do que amortecer a dor do meu próximo, de forma que as decepções não os transforme em gente desiludida.  E percam a fé na Graça de Deus por consequência da desumanidade desses que saem para apedrejar do lado de fora. Se vingam porque não amam. São vândalos e não revolucionários.

Quero me aproximar das pessoas, e na medida que se interessem pelo que tenho a dizer, direi. E se não se interessarem, as amarei como Jesus amou, sem acepções. Respeitando sua imaturidade, mas plantando sempre a semente do amor. Para que no tempo delas, germinem. 

E está se tornando corriqueiro isso, de tentar trazer os revoltados à consciência, de que não é fazendo o mal inconsequentemente, que vão de uma hora pra outra, mudar o erro estabelecido. Mas com posturas e ideias, é possível sim, ser luzeiros na vida de alguns.

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