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sábado, 26 de novembro de 2011

Sobrenatural

Confesso que andei um pouco descrente com relação à manifestações sobrenaturais, beirando à frieza espiritual, investindo muito mais no lado intelectual, do que na intuição que nos desperta para a percepção da Pessoa de Deus. Em parte, pra evitar as bizarrices que a gente costuma saber através de notícias de todos os lados. O culto precisa ser racional. Precisamos saber  o que estamos fazendo e quem estamos cultuando.

Mas este renovo é necessário e aviva nossa fé, então não podemos apagar o Espírito Santo, que age conforme a liberdade que damos à Ele. O relacionamento com Deus, como qualquer outro, depende das duas partes. Se não dou espaço para que Deus se manifeste no meu interior, Ele não me obrigará à isso.

Então, estava eu numa apresentação diferente de um saxofonista cristão, que primeiro deu um testemunho de cura, onde Deus lhe restaurou um osso no maxilar, muito necessário para ele que é músico. Depois comentou sobre a forma como Deus tem prosperado seu ministério. Não convém divulgar seu nome, porque não é ele o alvo do post.

E em determinada música, ele começou a passear pela igreja, entre as pessoas, tocando aquela melodia em oração.

À princípio, me provocou emoção, como é natural em uma boa música. Mas  à medida  que o som se aproximava de mim, com os olhos fechados, a vontade de adorar aumentava e eu glorificava à Deus e declarava meu amor.

Mas algo aconteceu quando a música chegou do meu lado e temo não conseguir descrever com palavras, tamanha experiência que ela me proporcionou. Era como um condutor direto à  Glória de Deus. Primeiro o Vento entrou tão forte que me moveu do lugar, circulou ao meu  redor e entrou na altura do meu estômago. Instintivamente, comecei a cantar uma música que se encaixava na melodia do sax e a letra nascia na minha língua, como se eu a conhecesse.

Nunca na minha vida senti algo tão forte, uma alegria tão grande que não conseguia parar de glorificar. Meu espírito estremeceu dentro de mim, como um estrondo, eu estava extasiada. E à medida que o som ia se afastando, fui voltando ao meu estado normal.

O mesmo aconteceu com a maioria das pessoas alí e eu pude perceber que o preconceito tira de nós a oportunidade de sentir Deus fisicamente. São tantas coisas e enganos que escutamos, tanta gente desviando o foco e se deixando levar por modismos e histerias, que não nos entregamos de corpo, alma e espírito à uma adoração verdadeira, ao ponto de sentir o abraço de Deus.

Experiência que não vou esquecer.

2 comentários:

  1. Que coisa linda, Neth. Veja que Deus age quando a gente não espera, não fica preparando clima, não?

    Muito lindo.

    Bjs.

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  2. Verdade, acontece como um presente :)
    E convém não passar a depender desse tipo de manifestações, pra não virar idolatria e vício.
    Eu creio em manifestações sobrenaturais, mas não dependo delas pra crer em Deus. Esse é o ponto.
    beijos, Lu.

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