Como explicar à religiosos, que se é cristão na vida, durante todo o tempo e não em momentos "separados" pra Deus? E que não me sinto culpada, mesmo que me chamem de negligente, de estar à uma hora dessas, no domingo à noite, sentada diante de um computador e não na igreja?
É que já fui ao templo hoje de manhã e me sinto suprida na minha necessidade de comunhão. Já estudei a Palavra, já refleti, já cantei, já compartilhei, então não sinto essa necessidade de me deslocar de novo.
Alguém dirá que na EBD é diferente e que no domingo à noite é o período que reservamos para cultuar à Deus. Mas discordo plenamente. Se cultua à Deus em espírito e em verdade, o tempo inteiro, em cada atitude, em cada relacionamento, na submissão aos ensinamentos de Cristo, no amor e assistência aos que precisam de nós. Não num ritual dominical.
Algumas pessoas dizem zelar por sua vida espiritual e eu entendo que minha vida é uma só, ao mesmo tempo secular e espiritual. Desde que comecei essa caminhada, muitas mudanças houveram, muitos conceitos mudaram, amadureci na fé, mas tudo isso reflete na minha vida e nas minhas atitudes o tempo todo.
Estou pensando em Deus no trajeto ao trabalho, durante os dilemas do dia, pedindo sempre orientação. À noite, quando chego em casa, já que não gosto de TV, uso meu tempo no computador para discutir apologética, twittar, pra administrar este blog, que não tem a pretensão de formar opiniões, mas é um espaço que uso pra falar sobre fé. Enfim, é meu jeito de cultuar meu Deus.
Quero a liberdade de ir quando desejar, quero poder visitar outras comunidades, quero contribuir com tudo o que sou e com o que tenho, mas da forma que entendo que Deus fala comigo, quando envia pessoas que precisam de mim. Não quero compromisso com paredes, não quero compromisso com regras, não quero compromisso com obrigações espirituais.
Quero amar.