Um de meus alunos da escola bíblica, de 8 anos, entrou na classe perguntando: Hoje só veio a gente? Que bom, a aula vai ser tranquila...
Eu disse então: É mesmo, vamos ficar mais a vontade hoje!
Falávamos sobre os 10 mandamentos, enquanto coloríamos um livrinho com figuras do cotidiano, que lembravam cada mandamento.
Derrepente, Marcelinho começou a desabafar: Meu pai brigava demais com minha mãe. Acredita que ele jogou uma cadeira dessas pesadonas em cima dela e até quebrou o braço da minha mãe?
Uma outra aluna interrompeu: Seu pai é nervoso, hein! Ele está numa jaula?
Marcelinho deu um sorrisinho e respondeu: Tá pensando que meu pai é um leão? Ele está numa cela! Vai ficar lá cinco anos e seis meses...
Numa idade em que os meninos vêem um herói no pai, fazem dele referência, exemplo a ser seguido, coube à mim a missão de proteger a esperança de Marcelinho.
Ele continuava: Meu pai deu um tiro na cabeça de um homem... mas ele não está lá por causa de tiro não! Ele tá preso só porque fumou maconha...
Então, o fiz entender que seu pai agiu mal, mas nem por isso ele deveria deixar de amá-lo. Pois Deus tem poder para fazê-lo agir diferente.
Eu disse que iríamos continuar orando juntos e também que falaríamos de Jesus para o pai dele. Quem sabe, se ele desejar muito e se comportar bem, pode até voltar pra casa antes...
O menino brincava aliviado e meu coração chorava.
Ainda bem que o Marcelinho pôde encontrar uma água para matar sua sede.
ResponderExcluirComo seria bom se as igrejas fossem nada mais que hospitais da alma!
Puxa, que triste realidade para uma criança de 8 anos...
ResponderExcluirQue Deus realmente torne o herói dele em um Herói de verdade!
Beijos
Oh Jesus!
ResponderExcluirLembrou-me momentos que passei com muitas criancas quando trabalhei como bibliotecária num Colégio do Governo!
Que triste realidade. Mas o Marcelinho encontrou um anjo no seu caminho e pode ver a luz de Jesus e a semente foi lancada.
Convido-te a conhecer a Valentina!
beijo grande e um lindo dia na paz de Cristo!
Que tristes fatos para uma criança viver. É disso que as igrejas tem que tratar com mais frequência, não de "moveres", "unções", "mantos" e coisas que só complicam e não levam a nada.
ResponderExcluir