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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O evangelho da auto-ajuda



Muita coisa mudou dos tempos bíblicos para cá, quando os cristãos eram a comunidade dos que amavam  e eram encorajados a perseverarem apesar de todas as aflições. O Evangelho verdadeiro, produzia gente corajosa e forte, cheios de autoridade para afirmar as revelações espirituais e onde as comunidades cristãs reuniam pessoas dispostas a morrer pelo avanço desta mensagem e pela Glória do Nome de Jesus.  Muitos deles se alegravam pela honra de serem humilhados e afrontados por causa do Senhor e por padecer com suas vidas até a morte. Sentiam-se honrados nas fugas e perseguições,  porque sabiam que a Graça é melhor que a vida.

Sei que a maioria deve estar achando esse discurso muito estranho, porque estão familiarizados com as pregações de auto-ajuda, que coloca Jesus como o servo dos homens e ensina ao cristão e se tornar cada vez mais fraco, covarde e desestruturado no meio dos seus problemas. E cada vez mais dependente da mediação humana.

Este lugar não é um lugar de plenitude e todos sabem disso, ou não guardariam a promessa de um lugar sem dor, sem choro e sem sofrimentos.

Mas as igrejas da modernidade estão abarrotadas de uma multidão de meninos na fé, sem a menor profundidade e maturidade pra enfrentar o mundo e vencer os problemas com sabedoria e confiança e Deus.

Habituaram-se à culpas ao diabo por suas próprias mazelas, que podem ser simplesmente as consequências de suas escolhas ruins, ou Deus provando e mostrando o quanto estão longe da verdade.

O Evangelho prepara testemunhas de Cristo para fazer a diferença,  para serem filhos autônomos,  capazes de tomar boas decisões,  equilibradas e seguras. Mas o falso evangelho fantasiado de vitória, prosperidade e céu na Terra,  perpetua a infantilidade e cegueira, tornando adultos em meninos birrentos, que mostram ser incapazes de renunciar a qualquer coisa, muito menos a se resignar com a vontade de Deus.

Haverão aflições,  água,  fogo, fornalha,  cova de leões, haverão traições de irmãos, açoites,  deserto e Cruz. A promessa de Jesus é que estará  conosco todos os dias de nossas vidas e isso deveria bastar.

Meu Senhor não é um meio de conseguir coisas, Ele é o meu destino e o objetivo porque caminho. O alvo onde quero chegar. Minha esperança não está em dias melhores, mas em ser melhor a cada dia, para a Glória Dele.

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