Ontem na reunião, eu levantei uma questão que temos conversado durante todo este mês de maio, sobre um mal que tem assolado nossa congregação. Uma frieza que impede a realização de maravilhas, como se ouvia falar há algum tempo e que eu mesma provei na minha carne.
O Leirson, aquele jovem que está se recuperando da cirurgia de apendicite, só começou à exercitar a fé, depois de ouvir o que Deus fez por mim, quando passei por uma situação semelhante. Então, enquanto trabalhava, eu perguntava à Deus no meu íntimo, o que aconteceu para que hoje, as curas, libertações e intervenções sejam cada vez menos experimentadas pela igreja.
Um dos pastores comentou sobre o caso de um paralítico que saiu do Brasil, para receber oração de um coreano e voltou à andar. O que há então? Deus é o mesmo e Nele não há sombra de variação. Deus gosta tanto de brasileiros, quanto de coreanos. A Bíblia deles não tem sequer um ítem à mais que a nossa. Onde está a falha então?
E Deus ia me ensinando, enquanto eu trabalhava e meditava, na situação de dois cegos.
Imaginei meu tio Eudes, que vem na minha casa todos os anos e fica sempre no mesmo quarto. Se ele deseja usar o banheiro, sabe que se seguir pelo corredor, é a primeira porta à direita. Se quiser dormir, sabe que basta seguir reto e chegará na cama e encontrará o cobertor sobre o travesseiro. Sabe onde está a geladeira, a mesa, o sofá e tem liberdade e autonomia para usar a casa sem depender de outras pessoas o tempo todo. Uma vez ou outra, pede um café, porque sabe onde está a mesa, mas pode errar a xícara e sujar a toalha.
O outro cego, seria alguém de menor intimidade, que se eu recebesse na minha casa, ou teria que ir com ele para lá e para cá, ou teria que dar coordenadas tipo: à direita tem um banheiro, se você quiser dormir, é só seguir reto, lá tem cobertor, travesseiro, é só esticar a mão. Aqui na sala não tem erro, basta seguir pela parede, até chegar num sofá. Na cozinha é assim e assado... mas mesmo com as coordenadas, ele ainda as esqueceria de vez em quando, ou deixaria de fazer algo por insegurança, ou ainda dependeria de mim para levá-lo de um lado para o outro.
Então entendi perfeitamente o que Deus falava ao meu coração. A diferença está única e exclusivamente na fé, essa confiança e intimidade que meu tio Eudes tem e o cego estranho não tem. Ambos tem a mesma ausência de visão do que é mistério aos homens, ambos tem as coordenadas nas mãos, que é a Palavra, a Bíblia, mas um tem segurança e o outro não. Um usa a fé e o outro é dependente.
Usei o Leirson de novo, porque bastou ouvir que Deus me curou em quatro dias e já no dia seguinte, começou à se formar uma membrana que fechou a ferida e a carne começou à regenerar.
A fé é o elo que nos liga à Deus e à Sua intervenção. Sem fé não o agradamos e não temos condições de percebê-lo. Sempre que Jesus curava, libertava, dizia "sua fé te salvou" porque mediante a fé, tudo acontece. O justo vive pela fé. Às vezes o braço do Senhor está estendido na nossa direção, mas como não confiamos, não esticamos também nosso braço para receber. Estamos cegos, com as coordenadas nas mãos e ainda assim desorientados.
Concluí o raciocínio e creio que todos alí na reunião entenderam a analogia. Ao invés de pedir isso ou aquilo, peçam fé. Senhor, acrescente fé, aumente a fé, injete fé, me faça crescer na fé. Porque é por meio da fé, que apesar das nossas limitações, encontramos em Deus a segurança para usufruir do que Ele já nos deixou disponível, quando na Cruz, Jesus disse "Está consumado".
"Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6).
Marcos 9:24 "Imediatamente o pai do menino exclamou: creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!"
"Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6).
Marcos 9:24 "Imediatamente o pai do menino exclamou: creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!"
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