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domingo, 20 de julho de 2008

Diga quem é teu pai, te digo quem és.


Congregam-se alí, vários filhos, que testemunham sobre seus pais.

Alguém, com olhar arrogante, chega-se com pose de eleito, dizendo que seu pai é tão soberano, que decide até onde ele vai errar. Escolhe suas palavras, seus atos, seus desejos, como se ele fosse um robô programado. É tão amoroso e misericordioso, que não pensa duas vezes, antes de castigar quem contraria a família, pode parecer cruel, talvez parcial, mas acreditem, é amor.

Pergunto então: Se você erra, quem tem culpa? Ele diz: Eu!
Sério? Chama isso de soberania? Seu pai não é mais que um tirano, um ser cruel e orgulhoso. E você, por que se esconde atrás desse espírito covarde?

Alguém, concorda comigo. Vem com pose irreverente. Se diz dono de sua liberdade, pois seu pai pagou sua fiança... hoje decido o que faço, onde vou, o que quero, mesmo que meu pai diga não, mesmo que as escolhas dele sejam diferentes, eu já sei o que é melhor pra mim. E se ele mesmo pagou a fiança, é porque bem sabe que posso fazer minhas escolhas.

Eu digo então... seu pai deve ser mesmo um trouxa! Onde está sua autoridade? É você quem determina seus passos e ele paga sua fiança?
Onde está sua gratidão? Onde está o esforço para mudar de vida? Você não ama seu pai, ama seu próprio umbigo.
Seguramente, seu pai é um panaca, gerou filhos indisciplinados, sem noção de amor e justiça!

Os dois vieram à mim, perguntando sobre meu pai:

Meu coração se encheu de prazer, meu amor e gratidão são tão intensos, que preciso respirar fundo para descrevê-lo.

Meu pai é maravilhoso! Ele é bom, ele é justo, ele é grande e forte!
Me ensinou tantas coisas, que hoje sei que fazem toda a diferença! Eu errei e ele me abraçou, eu chorei e ele secou meus olhos, errei de novo e ele me mostrou, que minhas feridas só poderiam ser curadas, se eu evitasse aqueles caminhos.

Com muita paciência, ele me orientou, me recompensou, quando acertei. Me chamou a atenção, quando escolhi voltar atrás. Ele me fez colher o que eu plantei, para que eu pudesse escolher melhor minhas sementes.

Sei o quanto meu pai é justo e sei o quão grande é seu amor. Venho à ele e ele me ouve, me responde com sabedoria inigualável. Confio na sua verdade e justiça, sei que julga com imparcialidades. Entre meus irmãos, não há acepção.

Nosso pai tem prazer em nós, nós o amamos com gratidão e obediência.

Todos se calaram...

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