Qualquer tentativa de segregação é como uma doença autoimune, onde sacrificando o outro, vai junto uma parte de nós. Ninguém tem todas as respostas, ninguém tem razão o tempo todo, ninguém é dono da verdade absoluta e essa constante disputa é carne, é ego, é engano, é distanciar-se do propósito para o que fomos chamados.
Assim, as religiões tentam sintetizar a intuição, tentam moldar a forma das pessoas, tentam traduzir para a linguagem humana, o que o espírito pronto já conhece. Geralmente não consegue, cada uma cria seu próprio dialeto.
O que nos unifica só pode vir de dentro para fora. É seiva que circula na alma, como o sangue para o corpo. É o que faz a diferença na vida de alguém: se você aprendeu a amar ou não.
Amar não só os que se parecem com você, não só os que alimentam seus devaneios, os que caminham na mesma direção. Mas amar sem acepção, sabendo que o próximo é sua extensão, mesmo quando está distante, falando o que você não concorda, aprendendo em outra sintonia, vivendo outras experiências. Ainda assim te completa, ainda assim troca contigo, ainda assim somos um.