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sábado, 16 de dezembro de 2017

Sobre o Natal

Há alguns anos venho tentando falar sobre o Natal com alguns religiosos e percebi que a tradição evangélica é muito mais blindada do que imaginava, ao ponto de negligenciarem o Evangelho para protegê-la. Nesses dias, consegui explicar num site de ateus, o porque de Jesus não instituir a comemoração de seu nascimento, mas ao invés disso, mandou-nos comemorar a sua morte.

O Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo, como um arquétipo do sacrifício salvífico realizado por Jesus dentro da história, quando o plano de Deus foi consumado. Assim, apesar da vida e morte de Jesus ter sido manifestada no tempo oportuno na cronologia, sabemos que Deus é atemporal e conhece o que ainda nem aconteceu.

Uma coisa é compreender a necessidade da encarnação do Verbo de Deus, para que através das palavras que são espírito e vida, possamos ser aperfeiçoados no amor. Outra coisa é se fixar no Jesus homem, temporal, histórico, ao ponto de mistificar cada um dos 33 anos que viveu como homem. Corre-se o risco de não reconhecê-lo como Deus eterno.

Passaram a chamar o Natal de "aniversário de Jesus". Esse é o perigo da alienação religiosa. Jesus homem viveu 33 anos, fim. Comemorar aniversário de Jesus, é não aceitá-lo como Deus. O Eterno não aniversaria. Tem cristãos propagando que Jesus está completando 2017 anos , veja que cegueira!

A morte Dele nos deu vida, por isso Ele mandou comemorar. Mas se fixar no Jesus histórico e achar que o Natal é o aniversário dele, é incoerente para quem se diz servo de um Deus eterno. É apenas mais uma baboseira de Constantino e da igreja que se corrompeu com ele e se tornou uma nova religião.

O natal é uma festa pagã? Bom, Jesus mandou comemorar a morte, ceando, porque é por meio dela que receberemos a Vida. Comemorar o nascimento é coisa da religião e a data nem coincide com o nascimento de Jesus. 


O nascimento de Jesus aconteceu entre Maio e Agosto, começando por aí. 

O que a História diz sobre os fatos? Por volta do dia 25 de Dezembro acontecia uma festa pagã em homenagem ao deus Sol e no século IV aproveitaram a data para oficializar o Natal. Não é bíblico e é resultado da corrupção da Igreja primitiva com a política romana. Ali nasceu o Cristianismo como religião e começou a ser deturpado o Evangelho como fé. 

Sobre comemorar o Natal hoje: O que eu acho é que se tornou uma questão cultural e que os cristãos elevam o pensamento à Cristo e a maioria é gente simples que não tem condições de discernir muitas coisas. Se há sinceridade de coração, mal não fazem em comemorar o Natal, nem congregar em templos que Cristo não mandou construir. O mal está em mistificar os lugares de reunião, ou se fixar tanto no Jesus homem, ao ponto de não conseguir entender que o Filho é figura para que o homem assimile o grau de amor na Redenção.

Ele é Deus e não nasceu e nem morreu porque é de eternidade à eternidade. Sabendo diferenciar o Jesus homem, temporal, nascido de Maria, gerado pelo Espírito, mas com trajetória e sequência de fatos na história até ascender aos céus e o Cristo que é o Alfa e o Ômega, princípio porque estava na criação e fim porque Reina para sempre, não há mal em comer junto, socializar, trocar lembranças, amigo oculto, nem participar dos eventos religiosos como cantatas, apresentações, corais, etc.

Eu monto árvore de Natal, faço tudo isso com minha família, preparo ceia, rabanada e tudo o que tenho direito, porque não cultuo o deus Sol, não cultuo Maria, não tenho nada a ver nem com religião e nem com a antiguidade e a origem das coisas. Sou serva de Cristo e Ele me faz verdadeiramente livre. Fazer ou não fazer é o de menos, precisamos apenas ter consciência da verdade.

Me importa saber que o amor encarnou e andou com os homens, cumpriu as escrituras e se fez o meu Mediador, Salvador e Senhor. Se está tudo consumado, já não há o menino Jesus e se não for pela oportunidade de comunhão com familiares e amigos, o Natal será só mais uma ocasião para confusões, gastos desnecessários, caridades hipócritas e culto à uma mentira, porque até a sua data é fictícia.

Estava sobre Ele o castigo que nos traz a paz da reconciliação com Deus, morremos sua morte pra vivermos sua vida. O símbolo dos cristãos é a Cruz e não a manjedoura. Antes de ser neste mundo, Ele era e será eternamente.


domingo, 3 de dezembro de 2017

Descanse em quem cuida de você.

Deus, que é amor e sabe o material de que fomos feitos, conhece nossa estrutura e sabe quando deve nos socorrer para que não sejamos tragados pela frieza e falta de fé. Ele nos socorrerá no devido tempo, para que não o conheçamos apenas de ouvir falar, mas como a um Pai que se relaciona com os filhos em amor.
Viveremos momentos de tristeza, inquietações, dores e desestabilizações, mas não perderemos a esperança em Cristo, pois as provações nos filhos, produzem sempre a perseverança, experiência e mais esperança.
Tão certo como vive o Senhor, cada dia trará o seu mal. E tão certo quanto as aflições chegarão, também nossa esperança nos manterá firmes, confiando em Cristo.
Não, eu não sei o que é bom para mim. Talvez o que eu chame de solução para meus problemas, me faça sucumbir no meio deles até perder as forças. Assim, esvazio-me da minha vontade e descanso em Deus, que me viu antes da fundação do mundo e sabe do que de fato preciso.

Tudo coopera pro nosso bem

Um servo diante de seu Senhor, não tem o poder de persuadí-lo à fazer sua vontade. Em se tratando da Soberania de um Deus que criou cada coisa com seu propósito e decretou desde a eternidade, o tempo certo para que cada coisa fosse consumada na história, é possível alcançar o grau de infantilidade estabelecida no meio cristão, onde se crê que uma oração tem poder de mudar os desígnios de um deus inseguro, que pra mudar o próximo capítulo da história de alguém, este alguém deve dar as coordenadas numa oração determinada.

Desperta, você que é Igreja! Não podemos mudar o que Deus estabeleceu desde os tempos eternos. Ele não lançará mão do que Ele mesmo designou. Sua vontade é imutável, tanto quanto Ele mesmo é imutável.

Humanizamos Deus e o diminuímos para que caiba em nossos conceitos, tornando-o tão medíocre quanto cada um de nós, que mudamos nossos desejos, conforme a oscilação das nossas próprias emoções. Buscamos algo hoje com tanto afinco e amanhã precisamos de uma outra motivação para continuar vivos. Hoje queremos o que amanhã repelimos.

O fato do homem querer, não faz com que Deus queira e não parte do homem a diretriz de como Deus vai governar a vida. Não é o homem quem escolhe o caminho por onde Deus deve conduzí-lo. Não existe Soberano que se sujeite ao servo.

O deus deste século, está disposto a se sujeitar à inconstância do homem que criou e obedecer ao servo, para não correr o risco de ser abandonado. Ver filhos frustrados, deve colocar este deus em crise existencial, por isso atende a todos os caprichos dos evangélicos mimados.

Pela linha religiosa, não vamos a lugar algum, antes retrocederemos até virar amebas cumpridoras de dogmas, rituais e estatutos humanos. O mais sábio é voltar à Bíblia e compreender que no chão da vida, nas contingências, percalços, insegurança dos problemas, dores e decepções, se cresce e se amadurece no crescimento em amor, fé e esperança.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Fujam destes

A igreja evangélica em sua grossa maioria (ainda existem algumas exceções), tem utilizado o nome de Jesus para atrair um povo que não busca exatamente o Evangelho, mas uma forma rápida e fácil de se estabelecer nesta vida, de se livrar dos problemas, de driblar a vulnerabilidade física e de subir o patamar da raça de privilegiados.
Assim, elegem para si líderes que massageiam o ego, enquanto as bênçãos de Deus viram moeda de troca, mediante a barganha, onde quem dá mais, tem muito mais chances de ser contemplado com um ato de misericórdia. Muito nojo, muita carnalidade em nome de Deus. Muito alimento podre, que ao passo que enchem o estômago, contaminam e adoecem todo o resto, afastando da verdade, àqueles que se dizem sacerdócio real.