O amor de Deus foi provado quando por nós ofereceu seu filho como oferta pelo pecado. Deus não apenas nos purificou do pecado, como justificou em Cristo a todos os que Nele crêem.
O primeiro fruto que a Graça produz em nós, é a paz em Deus. Os que deixaram a situação de devedores por causa do pecado e foram justificados em Cristo. Para estes, não há mais demanda de Deus contra nós. A Boa vontade foi manifesta em Cristo. Sabemos que temos uma nova relação com Deus, porque a relação de Deus em Cristo nos alcança.
A reconciliação partiu de Deus na atemporalidade e agora, dentro da história, descobrimos em determinado estágio de nossas vidas, no momento em que ouvimos o Evangelho e cremos, que estamos reconciliados de uma vez por todas em Cristo.
O homem não pode fazer nada para se achegar a Deus. Foi Ele mesmo quem criou a ponte, a mediação para nos atrair para si. A reconciliação é um lugar, um continente onde habitaremos. Alí, por onde formos, a realidade será sempre a mesma: Deus reina em nós, por causa da justificação em Cristo.
A tribulação neste universo, é o momento onde Deus trabalha nosso caráter. Por isso até nelas gloriaremos, pois perseverando, alcançaremos um estado melhor.
Jesus é a Verdade, quem não tem Jesus, não conhece a verdade. Nele e somente Nele nos gloriaremos, porque não fomos capazes de nos aperfeiçoar a nós mesmos, mas por causa da perfeição de Cristo, podemos agora ser aperfeiçoados no amor.
O Evangelho humilha o homem, no sentido de não podermos nos gloriar em nós mesmos, mas apenas os que estão em Cristo, se gloriam Nele, porque o tem. O que celebramos sobre nós, não é a capacidade de agradar a Deus, mas a suficiência do que recebemos.
O que crê tem tanta convicção, que nem as tribulações o lançam no chão. A confiança vem da certeza de que o Espírito Santo nos foi outorgado.
Um dia, Jesus confessará nosso nome diante dos anjos, como cooperadores desta obra. Este será o maior prazer que teremos no porvir. Saber disso hoje, é nossa maior motivação, a maior razão do nosso prazer em servir. Somos aperfeiçoados no amor para amar e por isso não tememos as circunstâncias. O amor próprio tem raiz na certeza de termos sido amados por Deus e assim, amamos ao próximo como amamos a nós mesmos.
Uma pessoa com baixa autoestima e pouco senso de valor, não pode ser útil e nem servir. Uma pessoa que não assimila o amor de Deus, é incapaz de amar.
Assim, só é possível conhecer a Deus e seu amor, se Ele mesmo se revelar a nós. Nisto consiste a diferença entre os que crêem e os que não crêem. Por meio do Espírito de Deus, aprendemos a amar.
Nós sabemos o que o homem comum não sabe, por causa do Espírito de Deus que veio habitar em nós. Só assim é possível compreender o que recebemos gratuitamente. A experiência da Graça é dada pelo Espírito Santo que nos dá testemunho da natureza da nossa relação com Deus. Ele dá testemunho ao nosso espírito, de que somos filhos de Deus e saber disto faz toda a diferença. A consciência da filiação, produz o desejo de lutar contra o pecado da nossa antiga natureza.
Deus já está na Nova Jerusalém e nós já estamos lá com Ele. Nosso espírito já sabe disto por meio do Espírito Santo. Nossos olhos ainda não viram, mas estas coisas foram reveladas a nós por meio do Espírito. Esta certeza produz paz.
O Espírito Santo é o sinal, o penhor do que receberemos na atemporalidade. É por meio Dele, que Deus nos mantém firmes e constantes e nos dá a segurança. Vivemos pela fé, por esperança no que havemos de receber. O presente não é nosso principal foco, por isso não nos abalamos com as circunstâncias. O presente é apenas a preparação. Mas o que nos firma é ter um alvo, um norte, uma esperança maior. Convicção nos fatos que ainda não vemos, mas sabemos porque o Espírito nos revela.
A fé vem pelo ouvir o Evangelho e dar ouvidos ao que se ouve. Crendo, o Espírito Santo nos conduzirá à Verdade, nos fazendo guardar as palavras de Cristo, que são espírito e vida.
Assim, não sucumbiremos diante de problema nenhum, pois maior é o que está em nós. Fixaremos o olhar nas promessas do Senhor, que nos garante nos méritos de Cristo, nosso Salvador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário