Adão caiu quando achou que o Conhecimento do Bem e do Mal era algo bom para dar entendimento para si mesmo e que não precisava mais de Deus. O fruto do Conhecimento do Bem e do Mal era bonito, dava prazer e era bom, mas os fazia independentes de Deus.
A mensagem principal do Evangelho de Cristo, não é a liberdade que acostumaram a pregar, mas o AMOR, que na maioria das vezes requer renúncia. E como seguidores de Cristo, devemos aprender com ele. Pois seus amigos, são os que fazem o que ele ensina.
Jesus Cristo negou a Si mesmo a favor da vontade de Deus, negou seu ego por iniciativa própria. Adão não conseguiu fazer, mesmo antes de ser contaminado pelo pecado. Você já havia percebido isso? Adão se rendeu a seu próprio ego, mesmo antes de pecar.
Jesus identificou a presença de satanás nas palavras de Pedro, quando este sugeriu: Tenha compaixão de SI mesmo! Pois a obra redentora, implicava em renunciar em favor dos pecadores.
Alguém disse e eu concordo, que o egoísmo é como uma segunda pele no homem e mais resistente que a primeira. A força que nos impulsiona a fazer nossa própria vontade e nos colocar no centro é tão grande, que define nossa proximidade e intimidade com Deus. Sim, porque Ele nos criou com propósitos, mas muitas vezes ocupados com a visão na nossa própria direção ou nos nossos próprios interesses, negligenciamos a vontade de Deus.
Adão atendeu ao impulso de querer ser como Deus, fez a própria vontade e caiu em desgraça. Nós, herdamos o egoísmo.Se formos observar, toda a doença da alma, tem a raiz na gana de atender ao impulso do ego. Desde bebê, o homem reivindica a atenção da mãe para si e luta para ver sua própria vontade satisfeita.
Cristo nos deixou dois mandamentos: amar à Deus acima de TODAS as coisas e ao próximo como à nós mesmos. Isto na prática, é reconhecer que a vontade de Deus é soberana e a vontade do próximo, deve estar no mesmo patamar da nossa própria vontade. E num caso de impasse? Devemos renunciar, para beneficiar o outro, mas jamais desejar prevalecer.
E por que é mais difícil amar à Deus que não vemos, que ao próximo? Porque se não conseguimos renunciar nossa vontade em favor do outro que está no mesmo patamar que nós, como conseguiríamos fazer a vontade de Deus, que muitas vezes é contra a nossa?
Cristo veio nos libertar das nossas próprias concupiscências. É para sermos verdadeiramente livres, que ele nos libertou.
Uma vez livres do egoísmo, conseguiremos enfim dar a outra face, perdoar setenta vezes sete, nos dispor a caminhar duas milhas e dividir o que está além das nossas necessidades, com o próximo que nada tem. Somente quando formos livres do egoísmo, serviremos aos pequeninos de Cristo, entendendo que esta é a vontade original de Deus. E enxergaremos no pobre, doente e necessitado, o vazio que só a presença de Deus pode preencher.
Jesus é a "tradução" de Deus para nossa linguagem. O amor encarnado, que pagou o preço para que sejamos livres de nós mesmos.
Oi Janete,
ResponderExcluirsempre sou meio pé atrás com essa afirmativa "negar" ou "crucificar" o ego.
Explico:
Primeiro, pois ego é um termo psicológico que vem acompanhado do superego e do id, que são diferentes do eu. Ou seja poque só o pobrezinho do ego que tem que ser crucificado?
Segundo: existe um egoísmo saudável, ou seja só podemos verdadeiramente renunciar aquilo que possuimos.
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Interessante essa questão de Pedro e a autocomiseração!
Vontade é outro termo melindroso... mas já falei demais.
Abrçs!!!
Olá, aqui você é livre para falar o quanto quiser.
ResponderExcluirQuanto ao tema, nossa individuação é natural, somos um conjunto de tudo o que vivemos, sentimos e acreditamos e isso não é nada ruim.
O problema do ego, é que ele tira de nós a noção de sermos apenas parte do todo, do Corpo.
O egocentrismo, tira o foco do plano de Deus, que colocou o cabeça para dar as dicas!
Por que o pobrezinho do ego? Porque Cristo disse, oras :D Negue-se a si mesmo se quiser me seguir!
Abraço