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sábado, 26 de julho de 2008

Quando se reconhece um irmão

Digo te amo, sem esperar eco.

Me basta ler-te para receber

gotas da tua alma, que dão sabor

ao que consigo ser.

Em um momento qualquer,

nossas linhas deram nó,

meu sangue ganhou um irmão.

DNA distinto do meu,

embora o Pai seja um só.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

domingo, 20 de julho de 2008

Diga quem é teu pai, te digo quem és.


Congregam-se alí, vários filhos, que testemunham sobre seus pais.

Alguém, com olhar arrogante, chega-se com pose de eleito, dizendo que seu pai é tão soberano, que decide até onde ele vai errar. Escolhe suas palavras, seus atos, seus desejos, como se ele fosse um robô programado. É tão amoroso e misericordioso, que não pensa duas vezes, antes de castigar quem contraria a família, pode parecer cruel, talvez parcial, mas acreditem, é amor.

Pergunto então: Se você erra, quem tem culpa? Ele diz: Eu!
Sério? Chama isso de soberania? Seu pai não é mais que um tirano, um ser cruel e orgulhoso. E você, por que se esconde atrás desse espírito covarde?

Alguém, concorda comigo. Vem com pose irreverente. Se diz dono de sua liberdade, pois seu pai pagou sua fiança... hoje decido o que faço, onde vou, o que quero, mesmo que meu pai diga não, mesmo que as escolhas dele sejam diferentes, eu já sei o que é melhor pra mim. E se ele mesmo pagou a fiança, é porque bem sabe que posso fazer minhas escolhas.

Eu digo então... seu pai deve ser mesmo um trouxa! Onde está sua autoridade? É você quem determina seus passos e ele paga sua fiança?
Onde está sua gratidão? Onde está o esforço para mudar de vida? Você não ama seu pai, ama seu próprio umbigo.
Seguramente, seu pai é um panaca, gerou filhos indisciplinados, sem noção de amor e justiça!

Os dois vieram à mim, perguntando sobre meu pai:

Meu coração se encheu de prazer, meu amor e gratidão são tão intensos, que preciso respirar fundo para descrevê-lo.

Meu pai é maravilhoso! Ele é bom, ele é justo, ele é grande e forte!
Me ensinou tantas coisas, que hoje sei que fazem toda a diferença! Eu errei e ele me abraçou, eu chorei e ele secou meus olhos, errei de novo e ele me mostrou, que minhas feridas só poderiam ser curadas, se eu evitasse aqueles caminhos.

Com muita paciência, ele me orientou, me recompensou, quando acertei. Me chamou a atenção, quando escolhi voltar atrás. Ele me fez colher o que eu plantei, para que eu pudesse escolher melhor minhas sementes.

Sei o quanto meu pai é justo e sei o quão grande é seu amor. Venho à ele e ele me ouve, me responde com sabedoria inigualável. Confio na sua verdade e justiça, sei que julga com imparcialidades. Entre meus irmãos, não há acepção.

Nosso pai tem prazer em nós, nós o amamos com gratidão e obediência.

Todos se calaram...

domingo, 13 de julho de 2008

Fiel


Obrigada, obrigada, obrigada!
Eu sei de onde vem meu socorro,
agora, ele também sabe!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O desafio que tenho recebido


Não me bastam minhas dores?
Pedi para tornar-me cega,
Pedi para tornar-me surda,
mas o Senhor não me atendeu...
Presciência pra que, se continuo impotente?
O Senhor disse: acorda e ora, eu orei.
O Senhor disse: vai lá e fala, eu falei.
Quantas vezes ainda, terei que alternar
os lados da minha face?
Quantos perdões ainda terei que liberar?
Não me bastava saber que ele despencaria?
O vi subir, elevar-se e perder-se no próprio orgulho.
O vi negar-te, apontar-me e enganar-se.
Precisava eu ter visto o tombo?
Precisava testemunhar tua confirmação?
A vergonha dele, foi revelada no meio dos teus.
Se não pude impedir, por que me contastes?
Ele está nú e já não sustenta as máscaras.
Ele está só e ainda rejeita meu amor...
Nunca poderia vangloriar-me,
porque serei sempre pó!
Nada que eu tente, surte efeito algum
porque ele não quer me ouvir.
Se a dor que eu sinto agora,
servisse para aliviar a dele,
eu regozijaria e passaria por este corredor
sombrio, ainda iria louvando...
Se as lágrimas que embaçam meus olhos,
servissem para regar sua fé,
eu não cessaria mais de chorar.
Se fosse possível dividir com ele,
o que de Ti recebi...
repartiria, Pai, sem titubiar!
Se eu pudesse atrair para mim,
a sombra que sufoca aquele coração,
chamaria aquela dor, atrairia o vazio,
porque sei de onde vem meu socorro!
Mas ele não sabe... não sabe!
Derrete o gelo, Senhor!
Devolve-lhe o coração de carne.
Mostra-te à ele,
para que volte à viver!