Havia uma família de cristãos, cujo Senhor também amava. Era uma amizade recíproca, onde tanto o Senhor tinha por eles um carinho especial, quanto cada um membro desta família, guardava no coração cada ensino e cada esperança baseada nas promessas de Jesus.
Lázaro morreu e tanto Marta quanto Maria, sabiam que se Jesus estivesse presente alí, poderia curá-lo e evitar sua morte. E mesmo crendo no poder do Filho de Deus, choravam a perda do irmão. Sabiam da ressurreição do último dia, mas davam a situação atual como perdida. Dentro das possibilidades humanas, a morte é mesmo um ponto final.
O Senhor se comoveu com a dor, embora já soubesse que aquela morte serviria para manifestar a Glória de Deus, na vida de alguns judeus que estavam alí presentes, consolando as duas irmãs. Milagres não são para crentes. São para que o incrédulo venha a crer.
Quem de fato crê, não precisa de milagres para continuar crendo. Mas ainda assim, pode ser alvo da misericórdia Divina, para que o testemunho edifique à muitos.
Quem de fato crê, não precisa de milagres para continuar crendo. Mas ainda assim, pode ser alvo da misericórdia Divina, para que o testemunho edifique à muitos.
Então, a ressurreição daquele morto que já era salvo e já não carecia deste milagre, não serviu para impactar sua própria vida e nem a de suas irmãs. Mas serviu para revelar Cristo àqueles expectadores, para que cressem. Até porque, Lázaro morreu posteriormente.
Certamente acontecem ainda hoje muitos milagres e maravilhas na vida dos homens. Creio piamente que Deus intervém em nosso favor. Mas a banalização da palavra milagre e a distorção que ocorre hoje em igrejas cristãs, leva a crer que o milagre pertence ao crente, é um direito adquirido, é quase uma obrigação de Deus realiza-lo.
Creio que o que define o ambiente propício para que haja um milagre, não é a fé do que busca, mas o perigo deste sucumbir no meio do desespero. Deus age com misericórdia para que este não venha a se perder. A intervenção acontece quando alguém precisa ser impactado para que creia.
Um dia recebi uma cura que me livrou da morte já anunciada pelos médicos. Eu era criança e ainda não cria, mas esta cura impactou meus familiares que vieram a crer. Já na idade adulta, tive uma grande crise existencial e questionava à Deus o por quê de ter sido curada, se o Reino é das crianças. Na minha cabeça era injusto estar sofrendo, se poderia estar com Ele no paraíso.
Nesta ocasião recebi outra cura do corpo e junto com ela a salvação da alma. Foi um encontro maravilhoso com Deus, onde ficou muito nítido na minha vida o seu amor e o seu cuidado comigo. Naquela ocasião, era necessária esta intervenção, hoje não é.
Caso enfrente de novo uma doença, não preciso ser curada para crer que Deus cura. Não preciso resolver todos os meus problemas pra saber que Deus é socorro e auxílio. Não preciso ser poupada de nada nesta vida, pra saber que Deus continua tendo o controle do que acontece comigo.
Ainda posso ser alvo de milagres, mas se estes forem usados para manifestar a Glória de Deus à outras pessoas, para que venham a crer.
Para mim, ser alvo da Graça de Deus foi o único milagre necessário. Basta!