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quinta-feira, 28 de março de 2013

A história da Páscoa



Uma feliz Páscoa a todos vocês que acompanham este blogue! :)

terça-feira, 26 de março de 2013

O amor é o elo


Num momento da história, um menino deu sabor à vida.


Olhando o mapa, é possível calcular a distância física que nos separa. Olhando o calendário, é possível constatar que pertencemos a gerações bem distintas.

Talvez alguns de nossos interesses sejam diferentes, embora tenhamos muito em comum. Mas o que é a distância física ou cronológica, quando o amor é o elo?

Você é um desses presentes que a vida traz, para mostrar que nem tudo está perdido. Quando a alma se identifica e a troca é prazerosa, sentimos que não estamos sozinhos.

Você é inteligente, talentoso, carinhoso e alegre. Uma companhia que jamais cansa, porque tem sempre algo novo para mostrar. Dono de uma voz doce e afinada, emociona quando canta. Sensibilidade para transformar palavras simples em poesia e traços delicados em desenhos mágicos. Versatilidade e personalidade para dar vida aos personagens e principalmente, temor à Deus, que dificilmente se vê nos jovens de hoje.

São tantas virtudes e talentos... mas o que me encanta mais, é sua lealdade com seus amigos. Sua capacidade de olhar as coisas pelo lado bom e as pessoas com compreenção. Ameniza os erros ressaltando o que as pessoas tem de melhor. Você exala amor!

Foi com amor que me acolheu, sem levar em conta a opinião de ninguém. Você me faz rir de bobagens e já secou minhas lágrimas. Sei que posso contar com sua amizade e presença, mesmo na distância. Ainda vamos trocar muitas receitas!


Ah, amigo, como desejo que você seja usado com todo o seu potencial, encontrando na vida o caminho que te conduza à um futuro feliz, abençoado, cheio de realizações!

Que você nunca tire Jesus do Centro.

Grandioso és Tu! (acessem para ouvir a voz linda do Sam!)

Um dia, quem sabe o abraço sele esta amizade bonita. Quero estar na plateia no dia da sua estreia! kkkk Mas se não for possível, saiba que te amo e este amor, é o elo que nos torna UM. Sou grata ao Senhor por sua vida e por permitir que eu caminhe contigo.

Felicidades, Sam! Beijos (risos)

Para Samuel Selves, meu amigo querido, pelo seu aniversário :)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Homossexuais X Evangélicos


Nunca foi tão explícita a antipatia mútua, entre ativistas gays e evangélicos fundamentalistas. E como o diálogo por direitos e deveres baseados no respeito e bom senso, tem perdido lugar para a discussão agressiva e à perseguição de ambas as partes, dividindo a opinião dos brasileiros, resolvi fazer uma explanação.

Começando pelo argumento evangélico, que gira em torno da Lei Mosáica, que qualificava como "abominação" a prática homossexual, com pena de morte para os envolvidos. Alguns ativistas gays e simpatizantes, argumentam que muitas outras coisas que a Lei proibia, foram ab-rogadas com o estabelecimento da Nova Aliança, baseada no amor. Esta é a raíz de toda a confusão, porque tanto os fundamentalistas, quanto os ativistas, vão advogar em causa própria, até se matarem.

Em Jesus, tudo se fez novo. Ou não praticamos a Lei, ou vamos ter que ressuscitar as 613. E será bem esquisito, ter que matar nossos adolescentes teimosos apedrejados ou ser considerados imundos quando menstruar ou ejacular, por exemplo.

O foco é outro: segundo Paulo, o homem é entregue à própria concupiscência quando se torna  idólatra. O pecado toma forma em nós, cada vez que tiramos Deus do centro, para colocar lá outra coisa, criatura ou a nós mesmos. A confusão está aí, pois quando o espiritual está desorganizado, a carne vence fácil. E se olhar e não conseguir se enxergar dentro do próprio gênero, é apenas mais uma dessas confusões criadas pela alma. A base é Romanos 1.

Se este argumento não bastar para que um homossexual entenda que há algo errado com ele, os evangélicos devem bater o pó das sandálias.  O Evangelho entra na vida do que crê, sugerindo uma nova postura e mudança de mente. Logo, se uma pessoa quiser aprender com Cristo, vai conseguir vencer a carne. Isto se aplica na vida de qualquer um, mas um dia de cada vez.

Da mesma forma  que luto contra minha concupiscência diariamente, ora vencendo e ora perdendo, um gay que deseje colocar Deus no Centro, vai ter que  estar consciênte de suas batalhas diárias. Se negar dói mais que o preconceito.

Não é algo simples, pois uma coisa é rejeitar o que desejo, à partir da consciência de que é um pecado. Outra coisa é controlar o que desejo, sem saber a raíz de tudo. Ninguém escolhe o que vai desejar.

Segundo Jesus, há os que nascem eunucos (sem libido) e os que se tornam eunucos por causa do Reino (controlam-se para não pecar). Posso conjecturar e dizer que algo acontece ao que nasce sem o desejo pelo sexo oposto, fazendo com que ele substitua o desejo, distorça o sentimento e passe a não se reconhecer, isso baseado em sua história de vida, que nos relatos que ouvimos, é comum registrar abuso, rejeição e violência. Assim, as causas ficam registradas no inconsciênte e muitas vezes ninguém se preocupa em ajudar a pessoa a se reestruturar. Claro que é teoria, mas seria coerente.

Alguns gays argumentam que Deus não exigiria dos homens, algo como abrir mão da felicidade. Para mim, isto é mais uma distorção, primeiro porque a "felicidade" é um conceito utópico. Embora seja possível estar satisfeitos em várias áreas da vida, terá sempre lacunas de infelicidade, crescendo junto ao que se chama felicidade. Não há plenitude nesta vida. Segundo, porque se há alguma, ela não depende do outro, mas de uma sintonia do homem com Deus. Felicidade é gratidão, amizade e prazer em andar com Cristo. O resto é ilusão e este mundo é cheio delas.

Minha posição a respeito da homossexualidade:
- É pecado e é desordem que começa na alma e se manifesta no corpo.
- É mais complexo do que uma simples constatação para mudança. É necessário uma busca sincera diante de Deus, para mortificá-la. Se não houver ânsia pela vontade de Deus, nossa vontade sempre prevalecerá.

Minha posição com relação ao fundamentalismo sobre o assunto:
- A homossexualidade não pode ser vista como barreira que impeça o amor e o respeito pelas pessoas.
- A punição dentro de Israel era aplicada aos homossexuais israelitas e não aos outros povos. Logo, é um pretexto desonesto, atacar pessoas em nome de Deus, se essas pessoas não professam a fé cristã. Desde que um homossexual não tente impor sua preferência dentro da Igreja de Cristo, não temos nada a ver com as escolhas deles.
- O político trabalha por todos. Não puxa a  brasa pra própria sardinha. Lugar de pastor é apascentando suas ovelhas e não lutando contra a carne e sangue em outra jurisdição.
- Tão anti-natural quanto a homossexualidade, são outras práticas sexuais muito bem aceitas dentro do casamento de vocês e disso ninguém quer abrir mão.
- Não há maldição que tenha resistido à Cruz. Quem está em Cristo, já não olha a condição humana com impiedade e acusação. É absurda toda e  qualquer discriminação contra indivíduos, por causa deste ou daquele pecado. Ainda que tenhamos algum conceito sobre esta ou aquela prática, o amor deve ser o caminho escolhido para trilhar. Só ele cobre multidões de pecados e só ele te caracteriza como cristão.

Minha posição com relação ao pecado em geral:
- Todas as tendências humanas tem o mesmo valor diante de Deus. Não há graduação de pecados, embora as consequências deles sejam diferentes.

Tanto o que pratica a homossexualidade, quanto o que pratica a promiscuidade, a mentira, o adultério, a inveja, hipocrisia, enfim, qualquer um que se coloca no centro para atender a carne, se levanta contra Deus e se torna maldito. Foi assim desde Adão.

Por causa disto, precisamos de Jesus para advogar nossa causa e mediar nossa  culpa. Dizer que o pecado do outro é mais grave que o seu, é desonesto e cruel. Antes, busque de Deus a cura para suas próprias mazelas e fraquezas. Uma pessoa que observa o que Jesus ensinou, não tem tempo para atacar pessoas. E uma pessoa que estuda a Bíblia e sabe que estávamos destituídos da Glória de Deus, entende que a maldição estava sobre todos e Jesus se fez maldito por todos. Ninguém mais é abominação.

Aos que acham que a homossexualidade é natural:
- Não pode ser chamada de natural, algo que precise de apetrechos artificiais para acontecer, como lubrificantes e  próteses por exemplo.
- Sabemos que a função do ânus é a excreção, não precisa ser religioso pra saber que se não forem tomadas precauções, a prática improvisada sexual usando este orifício, causa desconforto e consequências futuras. Não foi idealizado para o sexo, embora seja praticado inclusive por héteros.
- Embora se crie um status sexual a cada dia, continuam nascendo apenas meninos e meninas.
- Se a vontade de Deus fosse esta, cada ser nasceria com os dois sexos e escolheria o de sua preferência na idade adulta. Se não é assim, há uma desordem que impede que o homem ou a mulher, se assimile dentro de seu gênero e viva sua sexualidade sem conflitos.

Homofobia e preconceito:

Todos temos direito à liberdade de opinião e expressão. Direito à escolher nossa filosofia de vida, criar e seguir conceitos. Mas é nosso dever respeitar as escolhas dos outros, mesmo não sendo coniventes com elas. O direito de um termina, onde começa o direito do outro.

Perseguir, tratar mal, depreciar, ofender, agredir com palavras e ações, são práticas reprováveis e absurdas contra pessoas que Deus amou. Nada disso representa o Evangelho, nada disso é o que Jesus faria.

Se professamos a fé cristã, precisamos ser coerentes com ela. Podemos julgar atitudes, mas jamais condenar pessoas.

Os preceitos de Deus não mudam, o Evangelho não acompanha as mudanças do mundo, os cristãos não se conformam com o século, Deus não faz acepção mas também não abre exceção.

O homem é que precisa de metanóia e não a Bíblia que precisa de releitura. O Evangelho não vai mudar para satisfazer o ego de ninguém. Ou a Graça nos alcança, ou não. A Boa Nova é a Vida, porque a morte nós já temos.

E acima de qualquer moralismo, senso de ética e cultura (almáticos) está o amor (espiritual) que deve emanar de nós em TODAS as direções.




sexta-feira, 15 de março de 2013

Diferenças?





Fatiamos a humanidade para ter um pretexto para viver divididos, mas Deus alcança à todos, sem nenhuma acepção.

Você escolhe seu gueto, tribo, facção, família, amigos, pessoas preferidas, ideais em comum, ajuntamentos de gentes... mas Ele escolhe todos.

Deus olhou a humanidade de todos os tempos e não viu um justo sequer. Todos pecaram e por causa do pecado, ficamos destituídos da Glória de Deus, precisando de um Mediador para nos reconciliar. 

Toda a humanidade está no mesmo patamar. Todo o tipo de preconceito, destoa do Evangelho que é agregador.

Deus amou o mundo, a causa humana porque não viu diferenças. Enquanto você não entender a Graça, não será grato.

João 3:16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."




quinta-feira, 14 de março de 2013

Conceitos

Observando o que a religião fez com alguns conceitos, acoplando à sã doutrina algo insuportável de ser carregado, resolvi registrar aqui uma nova proposta para sua reflexão, baseada num vídeo que assisti do meu amigo Roberto. 

Para quem quiser saber mais, procure no You Tube, a série de vídeos "O Evangelho Vive". 

Igreja -> Pessoas chamadas de uma condição à outra, os que recebem uma nova oportunidade de mudança de mente, um novo nascimento. Ela é formada por pessoas habitadas pelo Espírito de Deus e chamadas para levar a mensagem do Evangelho.

Evangelho -> A Boa Notícia que diz que o homem não termina quando morre. A Eternidade é para todo aquele que reconhece Jesus como seu Libertador, Salvador, Senhor, pois é  por meio Dele que se alcança a Vida após a vida. Antes, o homem nasce, cresce, reproduz e morre. Agora, quando crê no Evangelho, a ressurreição é o novo estágio, acrescentado ao destino do homem que segue Jesus.

Seguir Jesus -> Fazer o caminho que Ele fez, ouvindo e praticando o que Ele disse, morrendo com Ele para então reviver, com Ele.

Inferno -> Sepultura. O inferno não prevalece contra a Igreja, significa que a sepultura não pode mais reter o homem na morte, à partir do momento que ele se torna Igreja.

Lago de fogo -> Onde o inferno e a morte serão aniquilados, junto aos inimigos de Deus e as almas que não desejaram a eternidade. Deus é o fogo consumidor. Isto significa que todas estas coisas deixarão de ser.

Salvos -> Após a ressurreição, receberão um novo corpo incorruptível. Uma nova essência puramente amorosa, porque Deus é Amor. E serão UM com Ele.

Se você acha que tudo o que viver do nascimento à morte, basta pra você, é o que você terá. Se você acha que já alcançou toda a sua plenitude, tem todo o direito de não querer mais nada além disso. Deus não te obrigará a ser eterno e te dará justamente o que deseja seu coração. E assim que descer a sepultura, será como um ponto final na sua existência. 

Mas se você deseja ser UM com Deus e viver com Ele eternamente, precisa buscar as coisas do Alto. Ninguém vai ao Pai, se não for por Jesus, o Verbo encarnado. Aí está a sua responsabilidade, o carregar sua Cruz é justamente viver para levar às pessoas a Boa Notícia de que elas não precisam mais morrer, porque o preço foi pago para que vivam eternamente.

terça-feira, 12 de março de 2013

Jesus é o Alvo

Em tempos onde o amor já se faz frio e as igrejas se desviaram à outros alvos em suas pregações... em tempos onde não se busca mais a Deus, mas se usa o Evangelho para alcançar coisas e benefícios, tenho escutado aqui e alí, com a ajuda de amigos, algo que gostaria de compartilhar com vocês.

Não é novidade para ninguém que ao longo dos séculos, a Igreja como Corpo de Cristo, unido e sem máculas, se converteu numa prostituta, que troca favores por algo que lhe beneficie. Agregou em si costumes pagãos, idolatria e ostentação e passou a ensinar mentiras. Mesmo com a reforma protestante que acabou denunciando algumas doenças estabelecidas, não houve plena restauração. Prova disto, é que a Igreja nunca parou de se dividir e até hoje ela agrega mentiras dia após dia.

Escatologia não é um assunto onde tenho liberdade de mergulhar, até pelo risco de interpretar erroneamente tantas metáforas e mistérios. Sou cautelosa quando leio algum estudo sobre, mas esta semana algo me chamou muito a atenção.

Alguém dizia que as cartas às Igrejas, representavam os períodos da História e descrevia fatos que ocorreram, sempre com bastante coerência. Se antes as promessas eram feitas ao Corpo, ao conjunto que se reunia como cristãos, nas últimas cartas, a promessa era dirigida aos remanescentes, aos que perseverassem até o fim, aos vencedores, aos que guardavam o que tinham.

Pela opinião de alguns estudantes, estamos no último período da História, onde o Espírito já não se revela  à comunidades, mas à pessoas separadas fisicamente, mas unidas ao Nome de Jesus. E é através dessas vidas, que o Evangelho continua avançando, sem enxertos, entulhos, mentiras acopladas. Confesso que lamentei muito, pois isto significa que a doença estabelecida, não tem mais cura. E o número dos que tem compromisso com o Evangelho puro e simples, está reduzido à uma minoria. Mas basta olhar ao redor e constatar que é a mais pura verdade.

As religiões que se dizem cristãs, pregam coisas para quem busca preenchimento, solução de problemas,  curas, bênçãos específicas, estão ocupadas ensinando pessoas a adquirir bens e se estabelecer na Terra, ajuntando tesouros corruptíveis. Ou encucando a mentalidade de que os evangélicos são uma raça privilegiada num mundo de perdidos.

Buscar coisas é religião vazia e enganosa. Fazer de Jesus um meio para alcançar benefícios e bens é patético. Religião é a busca egoísta pela satisfação da própria alma, aquilo que deveria ser mortificado para não nos destruir.

Jesus não é um meio, um instrumento para chegar a algum lugar. Jesus é o alvo, Ele é o próprio destino dos Cristãos. Nossa busca deveria ser estar cada vez mais parecidos com Ele. O que ocupa nossa mente, deveria ser cada palavra dita, cada ensinamento, cada promessa acompanhada de seus conselhos. Deveríamos estar buscando Seu Reino e Sua Justiça, assim nossas necessidades seriam supridas naturalmente. Mas ao invés disso, buscamos o suprimento das coisas terrenas e por consequência, continuamos negligenciando no Amor e na Justiça, como os religiosos que Ele reprovou.

A Graça basta. Basta ao Evangelho a promessa da ressurreição para a eternidade. Jesus é Deus. É essa a certeza que nos faz transcender para a eternidade. Tudo o que é efêmero, temporal, passageiro, não deveria ocupar nosso tempo, muito menos  tirar nossa paz.

Vejamos o que sucedeu à Paulo e acontece constantemente conosco: "E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo." 
2 Coríntios 12:7-9

Percebe que o "espinho" foi enviado para a carne, a parte mais vulnerável, fraca e sem serventia? Percebe que seu incômodo porém, atingiu a plenitude de Paulo? Como Paulo se sentiu quando foi assolado pelo tal espinho? Era algo de que Satanás o lembrava como se fosse esbofeteado, ao ponto de Paulo desviar a atenção de suas orações para este fim, com insistência. Até que ouviu de Deus, que estando fraco ou seja se reconhecesse sua fraqueza, seria então aperfeiçoado. Pode ser doloroso para nossa carne passar por constrangimentos neste mundo, mas a Graça, que é a fé na ressurreição para a eternidade, continua bastando para que nossa paz não seja abalada. Só o sentimento de dependência, fez com que Paulo visse a dor com outros olhos, passando então a se gloriar na própria condição.

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Não chegamos ao Pai através de seus benefícios, mas através de uma intimidade, uma dependência e de perseverança em suas palavras.

Não se permita ser mais um religioso. Seja verdadeiramente um filho de Deus.

quinta-feira, 7 de março de 2013

O Moço




Pra que novelas, se já são tantas emoções... O Moço é um desses conhecidos virtuais, que se valem da distância para dar vazão à toda deformação de seu caráter adoecido.

Eu o encontrei armado com quatro pedras nas mãos, empenhado numa tal revolução contra a Igreja, naquela ocasião onde um líder chamou o outro de "bundão". Naquela época, os chamei  de "Messias mal ressuscitados", porque já estava cansada de ouvir choramingos. Era muita lamentação pra pouco Jeremias, afinal, só Jesus apanhou calado, não?

Bom, o Moço me confundiu com uma revolucionária e me adicionou, cuidando pra me lançar numa de suas listas. Sorri e vi que era mais um daqueles que saem dos templos para apedrejar as janelas do lado de fora. Mais um vândalo levado pelo discurso de guerra, camuflado de Evangelho.

Meu primeiro contato com ele, foi tentando mostrar sua humanidade falha, que não deveria anular sua fé. Ele falava sobre masturbação e eu dizia que até o fim seremos carne e que Deus sabia disso. Ele passou a me observar e acompanhar o blog. A admiração que ele dizia sentir, aos poucos foi se distorcendo e virou um tipo de vício, doentio e possessivo.

Quando eu dizia coisas pessoais, não mostrava interesse algum. Nunca quis de fato me conhecer, saber quem sou. Seu único interesse era saber o que eu pensava à respeito da fé. No início parecia concordar com tudo e até começou a fantasiar, idealizar uma perfeição impossível, que logo veio abaixo, no primeiro contato com minha pouca paciência e impulsividade para responder à altura.

A admiração se foi, quando deixei claro o direito do religioso ser o que quisesse. Sua revolta parecia exceder ao limite do bom senso. Se referia aos evangélicos com palavrões e ofensas gratuitas, sempre com argumentos muito fracos. Sem dúvidas chamava a atenção. Passamos a nos confrontar.

Deixei claro que não faço parte de revolução nenhuma. Ao contrário, defendo que algumas pessoas precisam dessa dinâmica para vivenciar o Sagrado. E cada um é livre para escolher como se relacionar com Deus, até porque, cada homem o percebe de forma distinta.

Com o tempo percebi que a agressividade dele, era disparada à todas as direções. Era como se a vida conspirasse contra ele e por isso buscasse um culpado. Não demonstrava afeto e usava suas relações para atingir seus interesses. Manipulava os amigos, que por fim mostraram ter o mesmo perfil.

Fantasiou uma paixão e quando viu que eu não o correspondia, decidiu que minha amizade também não queria. Era tudo ou nada. E passou a responder cada vírgula minha, sempre com ofensas, xingamentos e descontroles emocionais, seguidas de mais declarações fantasiosas.

Já não "ouvia" meu pensamento. Parecia me seguir e perseguir, tão somente para não perder as oportunidades de rebater. Diariamente, vivia em função do que eu escrevia.

Longe de mim tentar definir o amor, mas era óbvio que aquele sentimento nada tinha a ver com a descrição bíblica sobre a doação, a entrega, o serviço, enfim. Era um sentimento inverso, carregado de egoísmo, carência e tirania. Resolvi não conservar nenhum contato, porém continuei observando.

Em um ano ele aderiu à um visual bizarro e tirou fotos sensuais. Passou a corresponder as cantadas gays que sempre recebeu. Parecia querer afrontar e me parecia muito infeliz. Só demonstrava certa alegria, quando estava evidentemente bêbado. Depois voltava ainda mais deprimido, num misto de culpa e ataques contra todos.

O moço acaba de assumir sua homossexualidade.

Quantas vezes criticou o que eu escrevia, mas não conseguia parar de ler? A palavra que o confrontava, era a mesma que o consolava. Ao mesmo passo que se sentia afrontado, era obrigado a se avaliar.

Ele me atacava, como se eu fosse a autora do Evangelho e guerreava comigo, como se eu fosse o próprio Deus. Uma associação doentia, que ele usava para justificar tanto ódio. 

Reivindicava meu amor gratuito, apesar de jamais ter reconhecido suas agressões. E se ofendia quando eu declarava meu amor ao dono dele.

Era como se eu o devesse. Ele tinha ânsia de acertar as contas e espelhava em mim o objeto do seu ódio. Era consumido por conflitos internos e minha fé afrontava sua infelicidade.

Apesar de estar vazio, cego e nú, é a primeira vez que vejo verdade no Moço. Uma vez que seu maior conflito está revelado, já é um passo na direção de Cristo, que veio para salvar quem deseje Salvação.

sábado, 2 de março de 2013

A Salvação dos homens (continuação)

Quando cremos que Jesus é nosso Salvador e entendemos nossa dependência constante do seu ensino, percebemos que também não ficamos livres de pecar. Há uma luta constante em nosso ser, que oscila entre fazer a nossa vontade e fazer a Vontade de Deus, esta que Ele nos revela. É que apesar de pertencermos à Ele, continuamos com nossa liberdade de escolha preservada e em nosso interior, ainda há o ego que precisa ser mortificado.

Aquele que te libertou, para que verdadeiramente você fosse livre, não te imporá Sua Vontade. Ele te fará conhecê-la, mas quem vai se dominar é você.

Mas quem segue Jesus e entende Seu grande amor, se torna imitador de suas obras. Podendo ferir, escolhe curar. Podendo acusar, escolhe perdoar. Podendo prevalecer, escolhe sustentar, auxiliar, colaborar. Podendo mentir, escolhe a verdade. Podendo viver a partir da escravidão ao ego, escolhe amar. Estas são as veredas estreitas que Deus preparou para que andemos nela. Não é nada confortável nos negar para seguir Jesus.

Contudo, a caminhada cristã dura enquanto peregrinarmos por essa Terra. Vez ou outra fracassaremos e escolheremos nos atender. Mas o Espírito Santo nos auxiliará à reconhecer nossa falha e nos guiará de volta ao Caminho reto. Isto é verdadeiramente ser livres, poder escolher o mal, mas escolher o bem, dominando assim nossas cobiças e desenvolvendo, aprimorando, aperfeiçoando o que recebemos de Graça. Deus dará o crescimento quando escolhermos o bem, mas não interferirá nas nossas escolhas.

Não há em toda a Terra, um homem que já tenha alcançado o Alvo, que esteja pronto, embora tenha recebido a Salvação. Somente seremos plenos, quando recebermos um novo corpo glorificado. Mas perseveraremos e chegaremos vencedores, desta luta diária contra nós mesmos.

"Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:13-14

A Salvação dos homens

Salvação é Graça, é dom de Deus, é favor imerecido que recebemos independente de qualquer esforço. É o resgate do meio das trevas, através do preço pago por Jesus, o Cordeiro Perfeito de Deus, dado em Oferta pelos nossos pecados, levando sobre si a nossa culpa, riscando então a cédula que havia com nossa dívida impagável.

E embora não haja obra nossa que a possa comprar ou que nos faça merecedores dela, desenvolvê-la depende de nossas escolhas. Mas como? Quem não foi capaz de salvar-se por méritos, poderá desenvolver, crescer, acrescentar algo à Obra Redentora?

No sentido de completá-la, nada podemos fazer. Jesus não pagou a primeira parcela e deixou para nós as prestações. Ser Perfeito era a condição para que seu Sangue fosse eficaz de uma vez por todas. Não fomos perdoados simplesmente de nossas culpas, elas tiveram um preço, um altíssimo preço. E por ser Perfeito, sem máculas, sem pecados, o Sacrifício foi único e suficiente. Portanto, quem começou a Boa obra em nós, há de completá-la. Então o que Paulo chamou de "desenvolver a Salvação"?

Primeiro, precisamos trazer à luz algumas questões: Fomos salvos por que? De que? Pra que? Assim entenderemos qual a nossa parcela de responsabilidades, qual a consequência de sermos salvos e quando seremos plenos.

O homem foi criado livre para fazer escolhas. E para ser bem sucedido, precisa entender que o Centro de nossas vidas é Deus e não há outro que seja digno de ocupar este lugar. Quando o primeiro homem pecou, tirou Deus do Centro e se pôs no lugar Dele, fazendo sua própria vontade (ainda que induzido pela Serpente e por Eva) e desobedecendo a única Lei que havia no Éden. Assim provou quem era o primeiro lugar de sua vida, seu próprio ego. O desejo de ser como Deus o fez pecar e pecar contra um Ser Eterno, tem consequências eternas.

À partir dalí, todo homem ficou incapaz de vencer sua própria cobiça, ainda que amasse a Deus. Vemos no Velho Testamento, a história de um povo que Deus escolheu e muitas vezes não entendemos sua rebeldia, sua desobediência e até sua idolatria. Esta é a figura do homem antes da conversão. Apesar de ter uma ideia sobre a divindade, não consegue se vencer. Está entregue ao seu próprio ego. O pecado é gerado dentro de nós. São nossas concupiscências que muitas vezes decidem nossas atitudes e vencê-las, antes era impossível.

Então, fomos salvos de nós mesmos, da nossa capacidade de auto destruição. Se não éramos capazes de nos dominar e se nossos méritos eram incapazes de nos purificar, estávamos mortos em nossos delitos e separados de Deus, que é Puro e Santo. O Sacrifício de Jesus nos religou, reestabeleceu nossa comunhão e nos deu livre acesso à Deus pela Sua Mediação.

Não fomos salvos do mundo, mas para o mundo. É aqui mesmo que devemos ser luz e sal. É no meio do lamaçal de pecados, que devemos cuidar para nos manter limpos. É convivendo com quem ainda não se domina, que devemos mostrar ser diferentes. Não é excluindo, nos sentindo maiores e privilegiados, não é alimentando a arrogância, nem apontando o dedo em riste. Precisamos saber que somos representantes Daquele que pagou por nós e se fez Senhor. É por isso que falamos no "Nome de Jesus". É isto o que nos identifica, somos Dele.

Continua no próximo post.